12 de Outubro de 1972 – A morte de um maoista

RIBEIRO SANTOS, a honra de morrer por uma causa imortal.

Morrer, todos morremos, mas nem todas as mortes são iguais. RIBEIRO SANTOS morreu a lutar contra a repressão, pela causa da liberdade.

Foi o primeiro maoista que caiu na luta. Morto pelas balas da PIDE.

RIBEIRO SANTOS morreu de morte matada, como diria Jorge Amado.

Como já alguém, em Portugal, decretou a extinção do maoismo, será mais uma razão para relembrar RIBEIRO SANTOS, memória viva de todos os proletários e revolucionários deste país.

JOSÉ ANTÓNIO LEITÃO RIBEIRO SANTOS, nasceu em Lisboa em 19 de Março de 1946, era baixo, magro, de antes quebrar que torcer.

Foi o estudante abatido pelo fascismo, é o símbolo da luta estudantil contra a repressão fascista e a guerra colonial. RIBEIRO SANTOS foi o alvo do fascismo e da conciliação revisionista instalada no movimento associativo.

A partir do dia 12 de Outubro de 1972, nada ficou igual, o fascismo de rosto sorridente e dialogante, iniciado por Marcelo Caetano, apressou irremediavelmente o seu fim. Fim imposto pela luta da juventude revolucionária e democrática e de camadas cada vez mais amplas de operários e do povo trabalhador.

A memória de RIBEIRO SANTOS, embora militante de uma organização política já inexistente, é pertença de todos os que lutam pela emancipação da Humanidade, qualquer que seja o clube político ou a nacionalidade.

RIBEIRO SANTOS é também um símbolo da luta internacionalista num mundo já inteiramente globalizado pelo capitalismo.

HONRA A RIBEIRO SANTOS!

Julho de 2001

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