Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 7 de Maio de 2007, aworldtowinns.co.uk

Preparando os protestos contra a Cimeira do G8 em Junho

Quanto mais tempo irão a humanidade e todo o nosso planeta ser ameaçados pelo funcionamento do capitalismo, cujo desdém por qualquer outra coisa que não o lucro tem representado um grande papel no aquecimento global? Depois do Afeganistão e do Iraque, será o Irão o próximo alvo da guerra imperialista? Quantos mais camponeses em todo o mundo terão que cometer suicídio como única forma de escaparem às suas dívidas? Quantas mais vidas serão destruídas nos países dominados pelo imperialismo e nos próprios países imperialistas, devido ao brutal funcionamento do capital financeiro? Quantas mais guerras tribais, étnicas e religiosas vão ser desencadeadas e intensificadas pela intervenção e/ou disputas imperialistas? Estas questões e muitas mais estão directa ou indirectamente relacionadas com uma cimeira que anualmente tem lugar, a do grupo dos líderes dos países imperialistas mais poderosos, o G8.

Este ano a reunião do G8 terá lugar em Heiligendamm, no norte da Alemanha, entre 6 e 8 de Junho. Nessa cimeira dos mais poderosos criminosos do mundo, eles discutirão como controlar o mundo, como oprimir e explorar os povos, como saquear os países oprimidos e negar as mais básicas necessidades da vida à vasta maioria e como castigar os que os desafiam – tudo ao serviço da continuação do seu sistema sedento de sangue em que, apesar das intensas contradições entre eles, os imperialistas dividem o mundo entre si com base no seu poder militar, político e económico.

Uma das questões mais agudas da cimeira deste ano, quer seja publicamente admitida ou não, será a possibilidade de uma guerra contra o Irão. Os EUA estão a tentar arduamente conquistar as outras potências ou neutralizá-las em caso de ataque ao Irão. No Conselho Segurança da ONU, as potências imperialistas já chegaram a acordo sobre sanções iniciais e anunciaram a sua intenção de ir mais longe. Mas, certamente apesar de algumas contradições entre os imperialistas devidas aos seus próprios interesses, a ameaça de uma guerra contra o Irão é forte. E é necessária uma intensa luta para expor e fazer abortar os planos imperialistas, e assim impedir uma outra guerra no Médio Oriente, onde os imperialistas norte-americanos estão a tentar obter o controlo total da região.

Porém estes actos criminosos dos imperialistas não têm ficado sem resposta. As massas têm respondido com a sua luta. As massas têm perseguido as cimeiras do G8 e outras reuniões similares, em qualquer local onde ocorram, de forma a combaterem e exporem os imperialistas e os seus planos.

O plano político viu surgir uma nova geração de jovens que odeiam profundamente este sistema e que quer levantar-se firmemente para o combater. Porém, há uma tendência entre algumas forças que organizam essa luta para apoiarem os regimes e as forças reaccionárias que são alvo da agressão imperialista, em vez de apoiarem os povos e a sua luta contra esses reaccionários. Entre outras coisas, isso quer dizer as forças fundamentalistas islâmicas como os talibãs, a República Islâmica do Irão e, no Iraque, tanto as forças fundamentalistas islâmicas do regime apoiado pelos EUA como os que combatem o regime e os EUA com objectivos antipopulares. Defender os povos desses países face à agressão dos EUA não significa defender essas forças opressoras e a sua ideologia.

Por exemplo, o regime islâmico do Irão é responsável por suprimir as conquistas da revolução de 1979 e por massacrar e encarcerar centenas de milhares de comunistas e outros revolucionários que tinham participado na revolução que derrubou o governo do Xá instalado pelos EUA e pela Grã-Bretanha. O regime islâmico é responsável por 28 longos anos de cruel opressão e discriminação contra as mulheres e pela brutal repressão do movimento estudantil. Para o povo do Irão, a luta contra o imperialismo e a luta contra o regime reaccionário que o domina são inseparáveis.

Embora seja necessário que o imperialismo norte-americano permaneça o alvo do movimento contra a guerra, apoiar as pessoas e os movimentos revolucionários do Irão e de outros países do Médio Orientais é uma parte integrante de qualquer posição verdadeiramente internacionalista.

Para se opor ao desencadear de uma nova guerra no Médio Oriente pelo imperialismo norte-americano, ao mesmo tempo que também visando conquistar o apoio à justa luta do povo do Irão, foi emitido um apelo assinado pelo “Comité Iraniano de Organização Contra o G8” (ver o artigo anexo).

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