Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 9 de março de 2018, aworldtowinns.co.uk
As razões por que as eleições italianas significam más notícias para o mundo e o que fazer em relação a isso
Os resultados das eleições parlamentares italianas são tão alarmantes quanto grotescos. Grotescos por os dois partidos que obtiveram os melhores resultados, dividindo o eleitorado entre eles, a Liga fascista e o “libertário” Movimento 5 Estrelas, dois aparentes opostos, estarem unidos contra a imigração. Alarmantes porque demonstram o quão rapidamente um clima violento, racista e fascista se pode abater sobre um país ocidental, apanhando de surpresa mesmo muitos dos seus próprios habitantes.
Steve Bannon, o ex-conselheiro de Trump e importante ideólogo supremacista branco e supremacista masculino norte-americano, foi a Itália para assistir às eleições e celebrar os resultados. “O povo italiano foi mais longe, num menor período de tempo, que o povo britânico com o Brexit e os norte-americanos com Trump”, disse ele ao jornal New York Times. “A Itália lidera”.
Os resultados marcaram o colapso dos dois principais partidos que têm dominado o país desde o fim da II Guerra Mundial.
O Partido Democrático, no governo, cujas raízes recuam até aos dias em que os operários votavam no totalmente não revolucionário Partido Comunista, perdeu mais de metade dos seus anteriores eleitores e ficou num distante terceiro lugar. As coisas correram ainda pior para o Forza Italia, dirigido pelo conhecido magnata da comunicação social e ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, frequentemente rotulado como o Trump original. Os responsáveis da União Europeia [UE] e de outras potências europeias tinham tido a esperança de que se o Partido Democrático, que era o favorito deles, não ganhasse, fosse Berlusconi a governar ao lado do Partido Democrático numa solução ao estilo do modelo alemão de uma “grande coligação” de centro-esquerda/centro-direita.
Para estas eleições, Berlusconi fez uma aliança com a Liga. Contudo, em vez de ser ele a beneficiar dessa aliança, a Liga venceu e o partido dele foi quase aniquilado. O terceiro partido no grupo de afinidade dele era os Irmãos de Itália. Os Irmãos alegam ser os herdeiros de Benito Mussolini, cujo regime (1922-45) foi o primeiro no mundo a se chamar fascista. Mussolini foi o principal aliado de Hitler na Europa durante a II Guerra Mundial. Um dos indicadores mais reveladores de quanto o sistema político dominante nos países imperialistas virou à direita é o facto de os principais órgãos de comunicação ocidentais se terem referido a este alinhamento como sendo de “centro-direita”.
Esta nova respeitabilidade – aos olhos das classes dominantes ocidentais e dos seus pânditas – das forças fascistas, ainda que ao mesmo tempo exprimam repugnância em relação a elas, foi um importante fator no êxito da Liga. Antes chamada Liga do Norte, está longe de ser uma recém-chegada à cena política italiana. Baseada entre as classes abastadas das regiões mais ricas de Itália, a sua razão de ser original foi a oposição à utilização do dinheiro dos impostos no desenvolvimento do sul de Itália, o qual há muito tempo serve de fonte de mão-de-obra das imensamente lucrativas indústrias do norte. Os dirigentes da Liga são conhecidos por chamarem preguiçosos, sujos e fedorentos aos italianos do sul, utilizando o equivalente italiano a “pretos”. Mas agora essa linguagem é aplicada a outras pessoas. Quase da noite para o dia, a Liga abandonou o seu regionalismo, deixou cair a sua oposição à UE e adotou um novo slogan, “os italianos em primeiro lugar”, declarando que, para começar, todos os italianos têm de se unir para expulsarem todos os recém-imigrantes. Agora, é o maior partido italiano no parlamento e o seu líder, Matteo Salvini, está a exigir que o presidente “figura de proa” do país o nomeie para formar o próximo governo.
Nenhum dos partidos obteve a maioria, pelo que qualquer futuro governo terá de se basear numa coligação. A Liga poderá juntar-se ao Partido Democrático que ajudou a abrir caminho à Liga ao criminalizar os esforços humanitários para salvar os imigrantes de se afogarem e que usou a marinha e os senhores da guerra da Líbia para impedir pela força militar que os navios com refugiados saíssem do Norte de África. Isto levou ao aprisionamento de muitos milhares de africanos em campos de concentração nessa ex-colónia de Itália. O Partido Democrático representou um importante papel na popularização do sentimento anti-imigrantes e na legitimação das posições fascistas.
Ou pode haver uma coligação entre a Liga e o Movimento 5 Estrelas. O facto de os principais comentadores políticos em Itália e no estrangeiro verem isto como uma “solução” concebível para a crise política da Itália diz-nos muito mais sobre o 5 Estrelas do que muitos dos seus próprios apoiantes gostam de admitir.
O 5 Estrelas insiste que é um movimento político e não um partido. A sua atitude em relação aos partidos políticos e à tradicional respeitabilidade deles está encapsulada no seu slogan oficial, “Vai-te foder”. A sua autoimagem é exibida no seu logótipo que inclui um V, semelhante à máscara em forma de V do filme V para Vendetta, de 2005, o qual foi mais tarde adotado por grupos antissistema como o Ocupar nos EUA e na Grã-Bretanha. O V significa “Vai” e também é o algarismo romano para 5, numa referência às principais preocupações do movimento “5 estrelas”: renacionalização do sistema público de águas em Itália, transportes sustentáveis, desenvolvimento sustentável, ambientalismo e acesso à internet para todos. As suas regras fundadoras apelam a uma “democracia direta” (com todas as decisões tomadas por referendo na internet), a restrições rígidas para impedir o surgimento de líderes permanentes e ao fim da “política profissional”, exigindo que os seus representantes eleitos entreguem grande parte dos seus salários.
Contudo, apenas dez anos após a sua fundação, o 5 Estrelas tornou-se agora num partido político, cujo novo dirigente de 31 anos, Luigi Di Maio, é conhecido pela sua aparência cuidada e de fato e gravata em contraste com a desordem deliberada do seu cofundador, o comediante Beppe Grillo. Também Di Maio está a exigir ser nomeado para formar governo, o que quase certamente quer dizer uma coligação com um ou mais dos partidos contra os quais se tem declarado.
Isto não é o que foi imaginado por muitos dos apoiantes do 5 Estrelas, os quais são em geral menos religiosos, menos tradicionais e um pouco mais jovens que os apoiantes dos outros partidos. Entre eles incluem-se estudantes, profissionais e homens de negócios de pequena e média dimensão que se sentem esmagados pelo sistema político e pela enorme e omnipresente corrupção que é seu sinónimo. Inicialmente, tentou assumir uma posição muito pouco clara em relação à imigração, centrando os seus ataques no “negócio da imigração”, nos (muito reais) abusos cometidos pelas organizações criminosas que se alimentam dos centros oficiais de asilo e na exigência de que outros países europeus assumam a sua quota de migrantes em vez de os confinarem a Itália. No entanto, embora o programa do 5 Estrelas se opusesse à retórica anti-imigrantes dos outros partidos, ainda assim a sua própria posição é equivalente a uma espécie de versão libertária de “os italianos em primeiro lugar”, em linha com a posição deles contra a Itália permanecer na UE (no Parlamento Europeu aderiu ao grupo que inclui o líder do “Brexit”, Nigel Farage). Tanto para a Liga como para o 5 Estrelas, o nacionalismo subjacente que tem sido uma força motriz da oposição deles à UE tornou-se ainda mais fortemente abraçado quando a questão da imigração se tornou mais central em toda a Europa.
O sentimento anti-imigrantes à escala atual é relativamente novo em Itália. Há apenas alguns anos, quando pequenos barcos se começaram a dirigir para a Sicília, a costa italiana mais próxima do Norte de África, e os governos italianos e de outros países europeus deixavam deliberadamente que milhares de pessoas se afogassem, os pescadores locais e outras pessoas assumiram para si o salvamento e alojamento dos imigrantes. Os responsáveis locais de Lampedusa, uma pequena ilha perto da Tunísia onde muitas pessoas davam à costa, criticaram duramente o governo por não dar aos recém-chegados a ajuda que eles mereciam. Hoje, não é claro se essas pessoas mudaram de opinião ou se foram simplesmente subjugadas por um crescente sentimento anti-imigrantes que o estado e todos os partidos políticos tudo fizeram para gerar.
O fluxo de imigrantes nos últimos anos não explica por que tantos italianos passaram a considerar a imigração como um concentrado de tudo o que os frustra e humilha na sua própria sociedade, uma “crise” que terá de ser resolvida através de medidas mais drásticas (e desumanas) – uma das razões para se ter tornado no principal aríete do fascismo. Seguramente tem alguma coisa a ver com a ideia de que as pessoas nascidas em Itália – e, cada vez mais, não todos os aí nascidos mas apenas os filhos de “verdadeiros” italianos – têm direito, devido a esse nascimento num país imperialista que obtém a sua riqueza do mundo inteiro, a viver melhor e a se considerarem melhores que as pessoas nos países dominados e sangrados pelo sistema imperialista global. Algumas pessoas alegam que os problemas económicos, e sobretudo o desemprego elevado, são os culpados da histeria anti-imigrantes, mas os empregos que os imigrantes obtêm, basicamente a produzir as muito vangloriadas exportações do país – trabalhando nas vinhas e na agricultura em geral, nas pequenas e médias fábricas hi-tech do norte do país produzindo tecidos especiais e outros bens de luxo ou fornecendo cuidados pessoais e outros serviços sociais que ajudam a preservar a estrutura familiar tradicional – são trabalhos que muitos italiano já não se forçados a aceitar.
O Movimento 5 Estrelas e muitos dos que se autoidentificam com “o povo de esquerda” essencialmente abraçaram este sentimento de “direito”. Isto anda de mãos dadas com a visão reformista que, em vez de buscar uma sociedade transformada radicalmente, tenta fazer com que a atual sociedade funcione melhor através da substituição dos seus governantes corruptos. Apesar de falar no “sistema”, a oposição deste movimento tem-se deslocado perigosamente para mais próximo da retórica dos fascistas e resume-se ao objetivo de mudar as estruturas políticas e não as subjacentes relações económicas de exploração e as subjacentes relações sociais de opressão. Eles acabam a partilhar com os fascistas o objetivo central de uma Itália imperialista “melhor” e de uma “melhor posição” (para os italianos) dentro da cadeia alimentar imperialista global, em vez do fim do sistema capitalista monopolista que molda as vidas de toda a gente e coloca os países em antagonismo uns com os outros, tanto entre os países que fornecem os alimentos e os que são alimentados, como entre países imperialistas rivais.
À medida que a questão da imigração se foi tornando cada vez mais aguda, o 5 Estrelas clarificou a sua posição. Em linha com o próprio governo, o seu líder denunciou as ONGs por levarem a cabo operações de busca e salvamento no Mediterrâneo, dizendo que equivaliam a fornecer “táxis” para trazerem os imigrantes. Hoje em dia, a sua posição é difícil de distinguir da posição “os italianos em primeiro lugar” dos plenamente fascistas. Quer o 5 Estrelas acabe por entrar numa coligação com os fascistas, quer entre numa coligação rival ou nalguma combinação de ambas, tornou-se num dos dentes da roda dentada de um processo político complexo que impulsiona a ascensão do fascismo na Itália de hoje.
Algumas semanas antes das eleições, na cidade de Macerata, no centro de Itália, um jovem que tinha sido candidato local da Liga saiu do carro, enrolou-se numa bandeira italiana, fez a saudação fascista de Mussolini e começou a disparar sobre seis transeuntes que assumiu serem africanos (felizmente, nenhum deles morreu). Ele disse estar a vingar o cruel assassinato de uma mulher italiana por criminosos nigerianos mas ninguém dispara aleatoriamente contra italianos para retaliar contra os assassinatos cometidos pela Máfia italiana. Depois disto, todas as tendências políticas mostraram a sua posição. O dirigente da Liga disse que era contra a violência, mas que os africanos tinham levado a violência para Itália (!!!). Grupos fascistas de menor dimensão apelaram a que os italianos se unissem à volta do atirador. Milhares de pessoas participaram numa manifestação antifascista – e tem havido outras por todo o país. Mas com o 5 Estrelas a juntar-se cada vez mais ao coro que critica a “imigração fora de controlo”, os seus apoiantes estiveram demasiado ausentes dos protestos antifascistas neste momento crítico. O apelo dos fascistas à expulsão imediata de meio milhão de pessoas ou mais – usando abertamente toda a força do estado que isso requereria – está a ser legitimado e agora apresentado como uma exigência “do povo”.
Demasiados europeus pensavam que o fascismo tinha atingido o seu pico, que não poderia dominar os países deles, tal como maioria das pessoas pensavam em relação a Itália. De facto, até agora, muitas pessoas pensavam que eles só poderiam chegar ao poder nos países mais pobres da Europa de Leste, e não na Europa Ocidental, e certamente não na terceira maior economia da Eurozona.
Mas há algo mais profundo a aprender com o exemplo italiano. Em França, por exemplo, o movimento Insoumise encabeçado por Jean-Luc Melenchon está a cair no mesmo caminho que o 5 Estrelas, mudando da ambiguidade deliberada em relação aos imigrantes para a adoção da mesma lógica conciliatória: que a imigração em massa é um problema crítico, que se o estado não tomar medidas para a parar, então os fascistas triunfarão, não deixando nenhuma escolha “prática” a não ser a adoção de uma posição anti-imigrantes. Atualmente, o governo “centrista” de Emmanuel Macron está a avançar para implementar políticas extremamente cruéis contra os imigrantes – não próximo das próximas eleições mas após umas eleições em que Macron deveu a vitória às pessoas que votaram nele para derrotarem a candidata da Frente Nacional fascista. Em vez de unir as pessoas contra isso, Melenchon manteve-se incaracteristicamente silencioso. Neste preciso momento, praticamente nenhuma da “esquerda” francesa organizada se está a juntar aos cristãos, aos humanitários e às ONGs na luta pela ideia de que todos os seres humanos têm os mesmos direitos. A Frente Nacional pode estar a ser arrastada para lutas internas neste momento, mas ideologicamente o caminho está a ser aberto.
Na Grã-Bretanha, mesmo muitas pessoas que se consideram revolucionárias não conseguem romper com o pensamento de “o meu país em primeiro lugar” (ou, na sua versão de “esquerda”, “o meu povo em primeiro lugar”) encarnada no Brexit e que está a infundir Partido Trabalhista. Durante a campanha do referendo do Brexit, o líder trabalhista Jeremy Corbyn anuiu ao grito frenético pelo “controlo” das “nossas fronteiras”. Será que o Partido Trabalhista atacou a criminosa responsabilidade do imperialismo britânico no afastamento de milhões de pessoas das casas delas devido à sua assassina participação nas guerras lideradas pelos EUA no Médio Oriente e no Afeganistão? Claro que não. O argumento chave dos trabalhistas foi, em vez disso, que os imigrantes fazem uma contribuição líquida para a economia britânica – por outras palavras, eles são bons para “nós, britânicos”. Com os olhos do nacionalismo a estreitarem a sua visão para “o meu país”, demasiadas pessoas progressistas deixaram arrastar-se para o apoio a posições que nunca pensaram vir a ter.
Quaisquer que sejam as diferentes características da ascensão do fascismo em toda a Europa, ela está a ser gerada por desenvolvimentos económicos e sociais no interior das sociedades que, por sua vez, são motivadas e determinadas pelo que está a acontecer no sistema imperialista mundial no seu conjunto. É isto que está por trás das necessidades que todas as classes dominantes imperialistas enfrentam, incluindo em Itália, à medida que os arranjos liberais democráticos tradicionais que foram postos em prática desde a II Guerra Mundial se desmoronam sob a pressão das mudanças tectónicas no sistema imperialista mundial e se agudiza a rivalidade entre os imperialistas – de maneira a que a Itália, por exemplo, sinta agora ser possível e necessário aumentar agressivamente a sua intervenção no Norte de África ao lado do regime dos senhores da guerra da Líbia. Estas mudanças globais também estão por debaixo da configuração em mutação da economia e da sociedade em Itália, levando à violenta reafirmação dos valores centrais que têm mantido unida essa sociedade.
Quando o fascista norte-americano Bannon disse que o “povo italiano foi mais longe”, não disse para onde está a ir. Estes fascistas não querem o poder apenas para enriquecerem. Eles tencionam reconfigurar e usar o estado capitalista para levarem a cabo mudanças extremamente violentas, o mais cedo possível, num statu quo que se está a desmoronar completamente face às forças objetivas que hoje afetam o mundo. Em nome de “os italianos em primeiro lugar”, estão dispostos a derramar o sangue de todos os que se opõem aos crimes que eles estão a preparar.
Parar o fascismo requer uma unidade que seja tão alargada quanto esta horrenda situação requer e, ao mesmo tempo, que os próprios acontecimentos estão a deixar claro que deve haver um núcleo de pessoas que entendem como o sistema imperialista provocou esta situação e que portanto veem o combate ao fascismo como parte de lidar com os problemas na sua raiz, através da revolução e, por conseguinte, ao mesmo tempo que se unem amplamente, possam combater as ilusões e as formas de pensar erradas que têm ajudado à ascensão do fascismo e podem sabotar a luta contra isso. Algumas pessoas têm de assumir esta responsabilidade.
Todos os que estão seriamente preocupados em combater a ascensão do fascismo no seu país e chegar às raízes da sua fonte precisam de ver o vídeo da apresentação por Bob Avakian sobre as Profundas Raízes e as Forças Motrizes do Fascismo de Trump e Pence nos Estados Unidos e o Que Deve Ser Feito Para o Parar – Vejam e divulguem:
https://vimeo.com/channels/BATalkTrumpPenceMustGo
Nesta palestra, intitulada O REGIME DE TRUMP E PENCE TEM DE SE IR EMBORA! Em nome da humanidade, RECUSAMO-NOS a aceitar uns Estados Unidos fascistas, Um mundo melhor É possível, Bob Avakian (BA) disseca que a eleição de Donald Trump assinala que estamos a ser confrontados e agora governados por um regime fascista. Examina as razões por que as pessoas votaram em Trump e como as coisas chegaram ao ponto em que estamos a enfrentar o verdadeiro horror de uns Estados Unidos fascistas. De uma maneira sumária, é contada a “história mais longa,” a história mais vasta que conduziu a isto.
BA, o mais radical revolucionário do planeta, analisa a importância de se fazer uma atividade sustentada, de massas, desafiadora e não violenta para expulsar o regime de Trump e Pence e responde aos argumentos mais habituais contra fazer isso. No abrangente período de perguntas e respostas que se lhe segue, BA escava os problemas que o movimento contra o fascismo enfrenta. É crucial que aqueles de nós aqui na Europa e em todo o mundo – seja os que enfrentam a ascensão da Frente Nacional de Marine LePen em França, da Liga em Itália, do AfD na Alemanha ou de outros grupos noutros lugares – estudemos profundamente o método e a abordagem científicos que Avakian está a propor em relação à ascensão do fascismo nos EUA, de como construir a ampla unidade necessária para o derrotar e de como isso está relacionado com a luta para anular as suas raízes no sistema capitalista.