Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 21 de Julho de 2008, aworldtowinns.co.uk
Crítica de livros: “Sol Vermelho: Viagens às Zonas Naxalitas”
O texto que se segue é uma recensão ligeiramente resumida do livro Red Sun: Travels in Naxalite Country [Sol Vermelho: Viagens às Zonas Naxalitas], de Sudeep Chakravarti (Penguin/Viking) publicada no Boletim de Informação (n.º 2, 10 de Maio de 2008) do Partido Comunista da Índia (Maoista). As clarificações acrescentadas pelo editor estão entre parênteses.
O movimento maoista na Índia é um dos movimentos revolucionários mais antigos e permanentes do mundo contemporâneo. Mantém-se há quatro décadas, tendo tido início na primeira erupção vulcânica que fez estremecer a terra numa minúscula aldeia em Naxalbari e tendo-se tornado parte do folclore de algumas regiões do país. Tem-se erguido como uma fénix, de todas as vezes que os pânditas políticos proclamaram confiantemente o seu óbito confirmado. Os principais responsáveis políticos e policiais têm-se vangloriado vezes sem conta de terem “eliminado” a revolução que, alegam eles, foi “importada do estrangeiro”. Têm declarado que a revolução maoista não tem nada a ver com as condições da Índia de Gandhi em que, alegam eles, as pessoas não são propensas a métodos violentos. O mais recente desta longa lista de mentirosos, pensadores enviesados e propagandistas teimosos é Mahendra Karma [líder do Partido do Congresso no estado indiano do Orissa] que, em Junho de 2005, declarou com muita fanfarra que dizimaria num ano os maoistas com a sua campanha terrorista patrocinada pelo estado e baptizada Salwa Judum (campanha de paz). Quando os seus gângsteres armados e arruaceiros do estado vestidos de caqui levaram uma tareia às mãos dos maoistas, essa canalha de imperialistas, grandes homens de negócios e senhores feudais associados continuaram a ladrar durante os dois últimos anos que eliminariam os maoistas em pouco tempo. Porém, anulando todas essas mentiras e jactâncias repugnantes de políticos medíocres e responsáveis da polícia que governam o país, a firmeza e o crescimento do movimento maoista surpreenderam muitos cépticos que vêem o estado indiano como um monstro todo-poderoso que consegue aniquilar qualquer resistência armada.
Surpreendentemente, dado o grande significado internacional de uma revolução num país vasto como a Índia – o segundo mais populoso do mundo –, muito poucos estudiosos têm tentado fazer qualquer investigação séria sobre este fenómeno social e são muito poucos os livros que falam desta insurreição prolongada. Mas, ultimamente, vários investigadores académicos de várias tendências, e em particular de agências ditas independentes, entraram subitamente na refrega. Há muito pouca objectividade e análise realista na maior parte desses textos. Muitos deles começaram a pintar um quadro assustador de um “Terror Vermelho” em rápido crescimento e que visa minar os programas de desenvolvimento levados a cabo pelo governo. Falam de um movimento maoista que se propaga a uma velocidade alarmante à maioria dos estados da Índia.
Em Sol Vermelho, publicado pela editora Penguin (Viking) India no início de 2008, o autor, Sudeep Chakravarti, faz uma tentativa para compreender e apresentar o fenómeno do movimento maoista na Índia. Não é, como o autor alega, uma história do movimento maoista, mas um registo de viagem que tenta compreender a Outra Índia, como ele a baptiza. O lado positivo do livro é a tentativa do autor de apresentar as condições de vida da vasta maioria das pessoas comuns – a sua pobreza esmagadora, dívidas insuportáveis, as horríveis narrativas da sua miséria e da sua deslocação devido ao chamado desenvolvimento – levando a uma extrema impotência e a deploráveis suicídios. O autor tenta centrar-se nas aspirações da maioria das pessoas da Índia que foram deixadas de fora de todos os esquemas e modelos de desenvolvimento apresentados pelas classes dominantes da Índia como um grande benefício para os pobres. Globalmente, o autor consegue apresentar de uma forma lúcida o explosivo ambiente socioeconómico que deu origem e continua a alimentar o movimento maoista da Índia. E, enquanto registo de viagens, este aspecto surge muitas vezes obrigatoriamente nas conversas com pessoas de várias origens. Ele antecipa logicamente a inevitável expansão do movimento maoista às zonas urbanas, dado que condições semelhantes empurraram a vasta maioria dos pobres urbanos para a miséria absoluta.
Uma boa denúncia da campanha de terror patrocinada pelo estado no Dandakaranya
A denúncia da campanha terrorista patrocinada pelo estado na chamada Salwa Judum no Dandakaranya surge obrigatoriamente no livro. É aqui que o autor aparece no seu melhor e em que ele denuncia corajosamente a devastação criada pelos bandos de vigilantes patrocinados pelo estado, combinados com as forças estatais e centrais [de Nova Deli]. Há alguma profundidade do autor na sua descrição do movimento numa das regiões cruciais para os maoistas. Ele descreve vivamente o teatro de guerra, a situação explosiva e a estratégia e os planos do estado. No que diz respeito à descrição do movimento maoista pelo autor, essa é a melhor parte de todo o livro. Depois disso, a descrição do movimento noutros locais é superficial e mais baseada em boatos.
Nenhum dos movimentos de outras regiões como os estados indianos de Jharkhand, Bihar, Bengala Ocidental ou Andhra Pradesh têm direito a qualquer análise detalhada. Isso reflecte uma falta de verdadeira interacção com os reais intervenientes. Mesmo as conversas com uma personagem tão eminente no campo revolucionário como VV [o conhecido intelectual do Andhra Pradesh, Varavara Rao, acusado de ligação ao PCI(M)] carecem de força e análise. A principal fraqueza do texto é que o autor viajou sobretudo ao longo da periferia da zona de guerra e quase não teve qualquer interacção com os combatentes e líderes maoistas de qualquer dessas regiões. Quer isso tenha sido deliberado ou não, ou que o autor não tenha tido nenhuma oportunidade de observar os revolucionários maoistas no campo de batalha, não é claro. Com os contactos adequados – e o autor alega ter muitos desses contactos – claro que não teria sido difícil encontra-se com quadros clandestinos do PCI (Maoista).
Os excertos do Relatório de Investigação dos Factos de um grupo de intelectuais democratas divulgado à comunicação social em Dezembro de 2005 e do Relatório de Abril de 2006 intitulado “Quando o Estado Faz Guerra Contra o Seu Próprio Povo” [ver o SNUMAG de 18 de Dezembro de 2006], o comunicado de Mahendra Karma sobre os objectivos da Salwa Judum (“A não ser que se corte a fonte da doença, a doença permanece. A fonte são as pessoas, os aldeões.”), a reprodução do texto integral das instruções, através de um meio sem fios, de Bijapur SP D.L. Manhar aos seus homens, gravadas pelos maoistas, a história do jornalista local Kamlesh Paika, as conversas com K. R. Pisda, o Cobrador do Dantewara, o insulto feito da forma mais imunda e selvagem aos jornalistas por Alok Awasthi, director adjunto do Directorado do Chattisgarh para as Relações Públicas, etc., são muito apropriadamente destacados. Os objectivos da Salwa Judum, tal como foram admitidos pelo governo num documento oficial, também são exaustivamente citados.
A história mais assustadora, a da evacuação e incêndio da aldeia de Darzo, no Mizoram, pelo exército indiano no início dos anos 70, que fazia parte de um sórdido plano de relocalização de aldeias, é muito pertinente no contexto da campanha Salwa Judum e da planeada relocalização dos povos tribais do Dantewara. A comparação com o Mizoram dos anos 70 é um trabalho admirável.
Em vários pontos do livro, durante as conversas com revolucionários, burocratas e responsáveis da polícia, as actividades e os pontos de vista das duas forças adversárias neste conflito de classes resultam num agudo contraste. Alguns dos comentários de políticos de topo e de responsáveis policiais resultam numa leitura interessante, embora por vezes repugnante. Por exemplo, o ministro da saúde do Jharkhand, Bhanu Pratap Shahi, disse numa entrevista: “Uma vasectomia numa aldeia controlada pelos naxalitas significa esse número a menos de potenciais camaradas... Quando se tem demasiadas bocas para alimentar e muito poucos alimentos para comer, podemos transformar-nos em naxalitas. Tudo o que eu quero é minimizar o número de bocas.”
A cínica descrição de um oficial dos serviços secretos militares de como ele e a sua brigada tinham cortado as cabeças a seis militantes apenas para petrificar os seus colegas islâmicos e para funcionarem como insulto espiritual, é uma leitura aterradora. “Depois ouvimos dizer que estavam a chegar esses tipos dos direitos humanos. Então, de alguma forma, voltámos a pôr as cabeças no lugar, cosendo-as grosseiramente. Nem nos incomodámos em fazer corresponder as cabeças aos corpos.” Aquele riso cínico do oficial enquanto narrava esse abominável incidente mostra o estado de espírito sádico geral das instituições de polícia e segurança, quer seja no Caxemira, no Nordeste, no Dandakaranya, no Jharkhand, no Andhra Pradesh ou noutros lugares. A solução que eles propõem para a questão naxalita são o assassinato directo e a repressão fascista, apesar das suas ocasionais declarações em contrário, que apenas visam agradar e apaziguar os activistas dos direitos civis e os intelectuais liberais.
O Director-Geral da Polícia O. P. Rathor (que morreu de ataque cardíaco no Dia Antiterrorista), do estado do Chattisgarh, expele veneno contra os naxalitas: “Distúrbio sangrento. Não há um problema socioeconómico, mas sim um problema de lei e ordem. Os bandidos, de khadi ou de caqui, são todos o mesmo no que a isso diz respeito. Marxismo, Leninismo ou Maoismo sobre eles. Quando era jovem, eu pelo menos sentia alguma ideologia nos naxalitas. Mas estes tipos (de agora) não são mais que arruaceiros e extorsionários.” O Secretário Principal Adjunto [do Interior] do Governo do Chattisgarh, BKS Ray, mostra as mesmas atitude e abordagem terrivelmente cruas face ao movimento naxalita. “Essa gente não passa de arruaceiros e extorsionários. É por isso que no Chattisgarh temos um movimento popular espontâneo contra eles – esses povos tribais estão fartos dos naxalitas”, disse ele. A razão por que, durante 25 anos, os povos tribais não se fartaram dos naxalitas e por que de repente se tornaram rebeldes é algo que esse burocrata arrogante nunca conseguirá perceber nem explicar. E porque é que os povos tribais se zangariam com os naxalitas, mesmo que aceitemos as alegações dos governantes de que eles são extorsionários, dado que os povos tribais não têm nada a perder e têm tudo a ganhar? Não serão só os grandes empregadores, os burocratas, os comerciantes e os industrialistas com um grande património acumulado através de métodos primitivos de exploração dos povos tribais e da pilhagem e do saque de toda a região, quem de facto teme os maoistas e tenta aniquilá-los com todos os meios à sua disposição? Não admira, esse burocrata com um espírito policial só consegue pensar que a solução é exterminar os maoistas.
Tornou-se moda todos os agentes policiais e figurões políticos exprimirem sentimentos nostálgicos sobre os antigos naxalitas, como se eles realmente acreditassem que os naxalitas foram autênticos nos tempos antigos e que agora se tornaram um incómodo. Dizem que antes eles eram pessoas educadas mas que agora são dominantes os elementos lúmpenes. A verdade é que os naxalitas de hoje têm as verdadeiras classes oprimidas por trás de si, e é por isso que está a ficar cada vez mais difícil que as classes dominantes reaccionárias os reprimam. A alteração da composição do movimento naxalita mostra a maturidade e a força popular do movimento.
Preconceitos ideológicos
Como é natural numa sociedade dividida em classes, a apresentação feita no livro e as conclusões aí retiradas estão sujeitas às limitações ditadas pela [perspectiva de] classe do autor, para além da inevitável influência dos veredictos sobre o movimento muito repetidos por anteriores autores de vários matizes. Não é fácil escapar às grilhetas da ideologia e da cultura dominantes e dos há muito inculcados valores que se continuam a reforçar nas nossas mentes desde a nossa infância. Alguns dos comentários do autor reflectem isso. Por exemplo, ao referir-se ao discurso de VV na cimeira de Tehelka em Novembro de 2006, em Nova Deli, o autor diz: “A democracia, com todos os seus males, permite-lhe esse espaço público. Espero que ele perceba a ironia de que o dogma e as instituições não democráticas não têm nenhum espaço para os outros, não toleram nenhuma dissensão. Mao não o fez. O florescer das Cem Flores transformou-se numa profunda tragédia. Talvez os maoistas, quando falam na Nova Índia, na realidade precisem de falar de um maoismo mais gentil – o que é provavelmente contraditório – como o fizeram os seus congéneres em relação à frágil paz no Nepal.” (Pág. 292)
O autor também cita alguns casos de castigos aplicados a informadores em Dandakaranya, Jharkhand e Orissa pelo “temido Jan Adalat, ou Tribunal Popular, que pouco mais é que um tribunal canguru” e conclui que “estes actos são tão horríveis e gratuitos como os de que os maoistas acusam a segurança do estado”.
Um outro comentário, ou melhor conclusão, do autor sem qualquer análise é o seguinte: “No Dantewada, a democracia está completamente defunta, dos dois lados da linha de batalha”. Surpreendentemente, ele cita o jogo dos chor-police (policiais e ladrões) que brincam as crianças tribais para chegar a essa conclusão tão obviamente parcial! Os preconceitos ideológicos do autor também podem ser vistos nos seus insípidos comentários sobre a futura sociedade pós-revolucionaria e a China maoista. Diz ele: “O que seria se a revolução alguma vez tivesse êxito na Índia, o suficiente para impor a sua marca para além das zonas tribais e dominadas pelas castas? Provavelmente, uma justiça instantânea, uma vida dogmática e puritana, uma putrefacção pós-revolucionária ao estilo soviético e gigantescas paradas no 1º de Maio.” E continua: “Talvez mesmo um brutal controlo estatal ao estilo da China e uma repetição da Revolução Cultural do próprio Mao, que acabou por matar e condenar milhões de descrentes”. E conclui: “Da evidência histórica disponível, um estado maoista poderia não fazer senão inverter todas as vitórias duramente ganhas da Índia, apesar do atoleiro da grande corrupção e da absoluta pequenez de espírito das autoridades.”
Será desnecessário dizer que este autor, como qualquer outro autor sem qualquer ligação activa à vida das massas oprimidas e ao movimento, também se tornou vítima da quase inevitável influência dos preconceitos ideológicos dos imperialistas e da classe dominante no que diz respeito ao camarada Mao e à Grande Revolução Cultural Proletária da China, às sociedades pós-revolucionárias e ao resto. Das opiniões expressas pelo autor como a acima referida não se pode senão concluir que ele prefere a actual situação em vez de uma nova ordem revolucionária em que, imagina ele, a liberdade será a primeira vítima. Ele esquece que os maoistas também estão a aprender com as experiências socialistas do passado e que certamente absorverão os aspectos positivos, ao mesmo tempo que rejeitarão os negativos.
Alguns erros factuais
Há alguns erros factuais menores no livro, que poderiam ter sido evitados com um pouco mais de diligência e cuidado do autor. [Aqui, a recensão cita vários erros de identificação de indivíduos, matérias organizativas e questões históricas].
Um outro problema do texto é que são feitas várias alegações por alguns responsáveis policiais e líderes políticos relativas às actividades dos maoistas, embora a estes não tenha sido dada nenhuma oportunidade de refutarem essas alegações. Quando um autor cita esses responsáveis, também é seu dever obter a resposta dos maoistas. Caso contrário, isso será enganar as pessoas e significa uma grosseira injustiça em relação ao outro dos lados de uma guerra ainda a decorrer. Por exemplo, o superintendente da polícia do distrito de Dantewada, Prabir Kumar Das, alega que os maoistas são contra o desenvolvimento e não permitem que se furem poços de água nas aldeias onde têm maior influência. Ele é citado a dizer: “Quando entrámos numa zona a 50 quilómetros daqui, bem dentro, descobrimos que eles tinham avariado as bombas manuais. Inicialmente, pensámos que era para negar água à polícia. Mais tarde, quando fomos a zonas onde nunca tínhamos ido antes, também aí as bombas estavam avariadas. Os aldeões disseram-nos que os maoistas lhes tinham pedido para só beberem de poços e outras fontes naturais de água.” O raciocínio por trás desta actuação dos maoistas é atribuído à sua percepção de que os poços seriam um sinal de opressão (!!). “As bombas manuais foram fornecidas pelo estado ou por ONGs com financiamento do estado; elas eram um sinal de opressão, e por isso um tabu”, disse esse cavalheiro.
Nada poderia estar mais longe da verdade. Isso vai mesmo contra o bom senso, que miseravelmente falta aos principais cérebros policiais da Índia. Como poderiam os maoistas (pelo menos a polícia pode ter as suas próprias garrafas de água mineral) sobreviver se avariassem as bombas manuais? Se o autor tivesse ido verificar os factos visitando profundamente essas zonas, isso teria sido realmente útil para expor as confusões deliberadas do chefe da polícia. Tudo isso serve apenas para justificar a brutal campanha de terror patrocinada pelo estado sob o nome de Salwa Judum, sob o pretexto de que os aldeões estão fartos das tentativas maoistas de bloquearem os esquemas de desenvolvimento e toda essa tralha.
O autor chega à conclusão de que em breve o movimento maoista cercará as zonas urbanas e mobilizará as vastas massas dos que nada têm e vivem nas mais desoladoras condições em bairros de lata e em fábricas. Ele diz correctamente que aí existem todas as condições materiais para a expansão dos maoistas para as zonas urbanas. Ele inclui em apêndice passagens completas do documento do PCI (Maoista) “Perspectiva para as Zonas Urbanas” e cita extensivamente esse documento para provar como os maoistas também emergirão como uma forte força urbana.
O autor também tenta incluir as suas próprias teorias de Em-terra, Fora-de-terra, Cidades-Estados, etc., que diz que no futuro caracterizarão o cenário social do país. Ou, por outras palavras, que a Índia ficará cada vez mais dividida em duas: uma habitada pelos que tudo têm e outra pelos que nada têm, com uma contínua fricção entre as duas. Embora a essência da sua tese venha a ser a realidade que se está a desenvolver – os indicadores dessa divisão já estão a emergir com a acelerada multiplicação de vias rápidas, complexos de cinema, centros comerciais, comboios super-rápidos, parques de diversão, elevados custos da educação, habitação e cuidados de saúde, cortes drásticos nos sistemas de segurança social e por aí adiante – o cenário que emergirá será de aguda luta de classes, sendo que a norma será a vasta maioria da população indiana atolada em encarniçadas lutas, armadas e não armadas, contra o sistema explorador e a fascista ditadura estatal. Nessa cruel e encarniçada guerra de classes, é garantido que o movimento maoista conquistará terreno e avançará para o objectivo da libertação do nosso país das engrenagens das saqueadoras forças imperialistas e feudais decadentes e dos tubarões das grandes empresas compradoras.