Da edição n.º 533, de 5 de março de 2018, do jornal Revolution/Revolución, voz do Partido Comunista Revolucionário, EUA, http://revcom.us/a/533/art-depicting-state-of-the-black-athlete-en.html.
Uma arte que descreve “A atual situação do atleta negro”
De um leitor:
A página internet Undefeated pediu a vários artistas negros que criassem obras de arte que descrevessem a maneira como veem “a atual situação do atleta negro” – “A ressonância cultural, o despertar político e o ativismo do atleta negro, representados em quadros.”
Doze artistas fizeram algumas obras muito bonitas e estimuladoras do pensamento (ver https://theundefeated.com/features/what-is-the-state-of-the-black-athlete-illustrations/).
Adrian Brandon pintou um atleta negro a correr ao mesmo tempo que olha para a frente, sendo a sombra dele a de um jovem negro a correr ao mesmo tempo que olha para trás. Ele disse:
O meu objetivo com esta imagem é descrever o que há de comum entre os atletas profissionais negros e as vítimas negras da violência policial – ela realça a incrível dimensão da responsabilidade que os atletas negros têm e o papel que os fãs dos desportos têm na atual vaga de ativismo dos atletas.
Brandon Breaux fez uma imagem de vários atletas negros. Ele disse:
O atual estado das coisas parece especial. Penso que é um momento em que a vida de um atleta/pessoa negra é muito maior que a própria pessoa, e os atletas na minha imagem representam a contemplação que está associada a isto.
A obra de arte feita por Chase Conley representa Huey Newton [o ex-líder dos Panteras Negras] na cadeira dele com artigos desportivos nas mãos e à volta dele. Ele disse:
O que Huey P. Newton me ensinou é que eu tenho o poder de mudar a minha situação e é vital que nos ponhamos de pé contra o que é injusto e que lutemos por aquilo em que acreditamos, mesmo que o custo seja elevado. Até esses jogadores se começarem a preocupar com os assuntos relacionados com a situação dos negros neste país e não com os salários deles, eles continuam a fazer parte do problema.
Tiffany B. Chanel pintou um quadro com Tommie Smith e John Carlos com os punhos cerrados, Muhammad Ali, LeBron James e Colin Kaepernick. Ela disse:
“Não me vou pôr de pé para mostrar orgulho na bandeira de um país que oprime os negros e os latino-americanos”, disse [o jogador] Colin Kaepernick. Face ao racismo explícito e implícito, as pessoas comuns põem-se de pés altruisticamente para enfrentarem a injustiça social. Entre essas pessoas estão os atletas afro-americanos, como aqueles que estão no meu quadro e que usam as plataformas públicas deles e o direito deles expresso na Primeira Emenda para solidificarem o propósito deles como agentes da mudança. O objetivo primário deles é reescrever a narrativa das pessoas oprimidas e dar-lhes um caminho para a mobilidade para cima.
Vão ver a exposição.