Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 25 de Agosto de 2014, aworldtowinns.co.uk
O seguinte comunicado foi assinado por 40 judeus sobreviventes dos campos da morte nazis para judeus e por 287 filhos e outros descendentes de vítimas desse genocídio. Apareceu a 23 de Agosto como anúncio pago no jornal The New York Times [NYT] e foi amplamente reproduzido e republicado. Em Israel, quando um artigo que noticiava o comunicado apareceu na página do Facebook do jornal israelita Ha'aretz, no dia seguinte já cerca de 15 mil pessoas tinham “gostado” dele. É uma resposta a um outro anúncio pago que apareceu no NYT e em jornais britânicos, escrito por Elie Wiesel, um sobrevivente dos campos da morte e galardoado como o Prémio Nobel da Paz, que alegava que os massacres de palestinianos por Israel se justificavam porque fazem parte de “uma batalha da civilização contra a barbárie”.
“Nunca mais” significa dizer não a Israel
Enquanto judeus sobreviventes e descendentes de sobreviventes e vítimas do genocídio nazi, nós condenamos inequivocamente o massacre de palestinianos em Gaza e a actual ocupação e colonização da Palestina histórica. Condenamos ainda os Estados Unidos por proporcionarem a Israel o financiamento para levar a cabo o ataque, e os estados ocidentais em geral por usarem o seu músculo diplomático para protegerem Israel da condenação. O genocídio começa com o silêncio do mundo.
Estamos alarmados com a extrema e racista desumanização dos palestinianos na sociedade israelita que tem atingido um pico febril. Em Israel, há políticos e eruditos que, nos jornais The Times of Israel e Jerusalem Post têm apelado ao genocídio dos palestinianos e há israelitas de direita que estão a adoptar abertamente insígnias neonazis.
Além disso, ficámos mortificados e indignados com o abuso da nossa história por Elie Wiesel nestas páginas para justificar o injustificável: o esforço global de Israel para destruir Gaza e o assassinato de mais de 2000 palestinianos, incluindo muitas centenas de crianças. Nada pode justificar bombardear abrigos da ONU, casas, hospitais e universidades. Nada pode justificar privar as pessoas de água e energia eléctrica.
Nós temos de erguer as nossas vozes colectivas e de usar o nosso poder colectivo para conseguir o fim de todas as formas de racismo, entre as quais o actual genocídio do povo palestiniano. Apelamos ao fim imediato do cerco e do bloqueio de Gaza. Apelamos ao total boicote económico, cultural e académico de Israel. “Nunca mais” tem de significar NUNCA MAIS PARA NINGUÉM!