Do Revolution/Revolución online, voz do Partido Comunista Revolucionario, EUA, de 9 de novembro de 2016 (revcom.us).
Os protestos espalham-se – 9 de novembro de 2016
No dia seguinte à eleição do fascista Trump como presidente dos Estados Unidos, os protestos continuaram e espalharam-se pelas cidades e campus universitários de todo o país.
De manhã, os manifestantes estavam à frente do Edifício Estadual do Massachusetts em Boston e, mais tarde, milhares de jovens e estudantes universitários concentraram-se no centro da cidade e manifestaram-se pelas ruas de Boston.
À noite, milhares de pessoas saíram às movimentadas ruas de Manhattan na Cidade de Nova Iorque. Em Chicago, segundo um correspondente do Revolution/Revolución, “Milhares de jovens manifestantes enfurecidos de todas as nacionalidades encheram a zona à volta da Torre Trump. Manifestaram-se de um lado para o outro pelas principais ruas ao redor da Torre Trump, o que incluiu a ocupação de todas as seis faixas da Avenida Michigan, na chamada Milha Magnífica. A certa altura, as multidões romperam as linhas policiais que guardavam a Torre Trump.” De seguida, os manifestantes encerraram a Lakeshore Drive, a grande avenida marginal de Chicago com múltiplas faixas. As pessoas saíram à rua em Oakland e San Jose, na Califórnia; em Tempe, no Arizona; em Portland, no Oregon; e em várias outras cidades.
Em Austin, Texas, segundo o relato de um correspondente do Revolution/Revolución, “Centenas de estudantes da Universidade do Texas concentraram-se na quarta-feira no campus universitário e iniciaram uma poderosa manifestação pelo centro da cidade de Austin. ‘Saíam dos vossos empregos e venham para as ruas’, ‘Eh, eh, ho, ho, Donald Trump tem de sair’, ‘Si se puede’ [‘Sim, pode-se’] e outras palavras de ordem foram ouvidas quando os manifestantes bloquearam temporariamente a muito movimentada ponte da Avenida do Congresso. Muitos manifestantes levavam cartazes feitos à mão, entre os quais um em que dizia ‘A América nunca foi grande’.”
Estudantes da Universidade Fisk, uma instituição de ensino historicamente negra em Nashville, no Tennessee, manifestaram-se até ao capitólio estadual e bloquearam uma rampa de entrada numa autoestrada. Na Universidade Americana em Washington, DC, centenas de estudantes protestaram à frente do centro do campus e várias bandeiras norte-americanas foram queimadas – enquanto outros manifestantes pró-Trump tentavam impedir a queima da bandeira, gritando “EUA, EUA”.
Houve saídas organizadas (‘walkouts’) em várias escolas secundárias em diferentes cidades, por vezes juntamente com estudantes universitários e outros jovens. Um correspondente da Área da Baía de São Francisco relatou: “Estudantes da Escola Secundária de Berkeley e da Escola Secundária de Albany saíram da escola hoje e manifestaram-se até à Universidade da Califórnia em Berkeley.” Em Colorado Springs, conhecida como “cidade militar”, com uma grande base da Força Aérea na vizinhança, estudantes do campus da Universidade do Colorado e da Escola Secundária de Palmer uniram-se para se manifestarem juntos pelo centro da cidade.
Também houve relatos de saídas organizadas de escolas secundárias em Richmond, na Califórnia; Boulder , no Colorado; Phoenix, no Arizona; Seattle, em Washington; e Des Moines, no Iowa.
Protestos explodem imediatamente após os resultados das eleições terem sido anunciados:
Nos campi universitários e em cidades de todo o país, manifestantes enfurecidos e desafiadores saíram às ruas para exprimirem a sua indignação e resistência como resposta imediata à eleição de Trump. E a indignação assumiu expressão no feed do Twitter: #notmypresident [Não é o meu presidente].
Quando Donald Trump subiu ao palco para fazer o seu discurso de aceitação presidencial na manhã de quarta-feira, os manifestantes saíram às ruas de Manhattan. Outros protestos nas ruas irromperam em Oakland, Portland e no centro da cidade de Los Angeles. Os manifestantes à porta da Casa Branca gritaram “Fuck Donald Trump!”.
De Berkeley, um correspondente relatou: À medida que se iam conhecendo os resultados das eleições, pelo menos 5000 estudantes da Universidade da Califórnia, Berkeley, iam-se juntando para assistirem num ecrã gigante instalado no centro do campus. Quando se começou a tornar claro que Trump estava a ganhar, os revolucionários caminharam entre a multidão, gritando “1,2,3,4, escravatura, genocídio e guerra, 5,6,7,8, a América nunca foi grande!” e “É tempo, de nos organizarmos, para uma verdadeira revolução!” e distribuindo folhetos com o meme “As pessoas dizem ‘vocês não aceitam a decisão da maioria?’ Durante muito tempo, nos Estados Unidos, a maioria foi a favor da escravatura, será que as pessoas se deveriam ter limitado a ‘trabalhar dentro do sistema’? QUE DIABO, NÃO.” Depois de a campanha de Clinton ter anunciado que ela iria fazer uma declaração de manhã, e de o ecrã gigante ter sido apagado, centenas de estudantes começaram a manifestar-se para fora do campus, para as ruas, para Oakland – gritando “não é o nosso presidente” e “Fuck Donald Trump”. Os manifestantes invadiram uma autoestrada e pararam o trânsito.
Os protestos irromperam nos outros campi da Universidade da Califórnia, entre os quais os de Santa Cruz, Davis e San Diego. Centenas de estudantes concentraram-se na San Francisco State.
No campus da Universidade do Oregon em Eugene, centenas de estudantes universitários manifestaram-se e concentraram-se num protesto anti-Trump em resposta aos resultados das eleições presidenciais. Os estudantes manifestaram-se no campus e falaram contra Trump.
As redes sociais têm relatos de protestos noutras escolas de costa a costa, entre os quais na Columbia em NYC, na Loyola Marymount em Los Angeles e na Universidade de Pittsburg.