Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 15 de Agosto de 2011, aworldtowinns.co.uk

Novas fracturas na estrutura de poder no Irão

Novas fissuras e fendas têm aparecido entre os principais dirigentes do Irão, o Aiatola Ali Khamenei — líder espiritual do regime islâmico — e o Presidente Mahmoud Ahmadinejad e o círculo íntimo deste, que controla o governo.

Devido ao namoro entre Khamenei e Ahmadinejad durante os últimos seis anos e sobretudo ao apoio de Khamenei a Ahmadinejad nas eleições de 2009 que desencadearam uma insurreição, inicialmente esta divergência entre as duas facções não foi levada muito a sério pelas massas.

Mas agora, a súbita intensificação desta disputa e a agressiva abordagem de ambos os lados têm deixado poucas dúvidas sobre a profundidade e a gravidade das divergências. Estes desenvolvimentos também forneceram uma explicação para as anteriores declarações contraditórias feitas por Ahmadinejad e por altos membros conservadores do clero.

Esta nova ronda de disputas surgiu em Abril deste ano quando Ahmadinejad tentou demitir o Ministro das Informações Heydar Moslehi. Isso teve uma forte oposição de Khamenei, o qual reintegrou Moslehi. Em protesto, Ahmadinejad não foi ao seu gabinete durante 11 dias, até que por fim Khamenei ameaçou despedi-lo.

Ao regressar, Ahmadinejad enfrentou uma torrente de críticas e ameaças de diferentes sectores da estrutura de poder, e sobretudo ao seu chefe de gabinete Esfandiar Rahim Mashaei, o ex-director da Fundação da Herança Cultural e do Turismo que as forças pró-Khamenei estão agora a atacar como sendo a principal figura por trás do que eles chamam de “corrente desviante” constituída por Ahmadinejad, Mashaei e o círculo deles.

Alguns membros do Parlamento mobilizaram-se para acusar Ahmadinejad de estar a desafiar decisões do parlamento. Ele foi acusado de comprar votos (a 80 dólares o voto) nas eleições de 2009. Em finais de Maio, o Parlamento decidiu investigar o caso.

Aos grupos de arruaceiros que as principais facções do regime, incluindo Ahmadinejad, têm usado para interromper reuniões e discursos de líderes reformistas e outros líderes da oposição, foi atribuída a tarefa de abortarem o discurso do presidente que a 4 de Junho marcou o aniversário da morte do fundador da República Islâmica, o Aiatola Ruhollah Khomeini.

Desde que a fractura se tornou pública, já foram presas cerca de 30 pessoas próximas de Mashaei e Ahmadinejad. Entre elas, o vice-ministro dos negócios estrangeiros Mohammad Sharif Malekzadeh, o associado de Ahmadinejad Abbas Amirifar e jornalistas do jornal Hafte Sobh que se crê pertencer a Mashaei.

Vários sítios Web próximos de Ahmadinejad e Mashaei foram fechados. Embora Ahmadinejad tenha tido que recuar na maioria dos casos, ele persistiu na tentativa de fundir seis dos ministérios em três, apesar da oposição do parlamento. Além disso, emitiu uma circular aos ministérios relevantes tomando posição contra a proposta de separação dos estudantes nas universidades em classes distintas de homens e mulheres e contra a reforma antecipada de professores universitários que visa purgar os que não forem considerados politica e religiosamente correctos, medidas essas que são apoiadas por Khamenei.

Ahmadinejad também está a tentar tomar o controlo das fundações religiosas conhecidas como organizações Oqaf, actualmente sob controlo do gabinete de Khamenei. Se o conseguir, isso significará que Khamenei irá perder o controlo de instituições financeiras muito fortes, com milhares de milhões de dólares de rendimentos anuais. Por conseguinte, esta será uma luta dura para Ahmadinejad e o seu bando.

Estas não são as únicas esferas de contenda entre os apoiantes de Khamenei no regime e o grupo de Ahmadinejad. Apesar do recuo do presidente, ele continua a ripostar aqui e ali. Um dos mais importantes conflitos tem envolvido o Corpo Pasdaran (os chamados Guardas Revolucionários), a mais poderosa força militar da República Islâmica. Mohammad Ali Jaffari, o principal comandante Pasdaran, disse a 4 de Julho: “Os Pasdaran foram chamados pelo sistema judicial a lidar com aqueles que estão actualmente relacionados com a corrente desviante”.

Isto foi um claro apoio dos Pasdaran à Velayat-e Faqih (a doutrina religiosa do “Domínio do Supremo Jurista”, a fonte da autoridade de Khamenei) e, ao mesmo tempo, uma ameaça aberta ao bando de Ahmadinejad-Mashaei. Ahmadinejad respondeu logo no dia seguinte, acusando indirectamente os Pasdaran de contrabando. Falando numa conferência contra o contrabando de mercadorias e divisas, disse: “Os 55-60 mil milhões de cigarros consumidos anualmente no Irão valem 2 mil milhões de dólares. Estes números provocariam a cobiça dos maiores contrabandistas do mundo, pelo que facilmente tentariam os nossos irmãos contrabandistas”. O rápido desmentido de Jaffari — “Este tipo de conversa é um desvio” — não deixou nenhuma dúvida de que Ahmadinejad tinha tido como alvo os Pasdaran.

Esta disputa também envolveu o Ministro do Petróleo. Ahmadinejad tinha demitido esse ministro e ficado ele próprio responsável por esse ministério chave. A isso opôs-se o Conselho de Guardiães, um organismo chave cujos membros são nomeados por Khamenei, que considerou essa medida ilegal. Ahmadinejad tentou ignorar esta posição, mas acabou por ter de recuar. Nomeou um outro homem para liderar o ministério, mas não obteve aprovação parlamentar. Por fim, após um mês de negociações, nomeou o general Pasdaran Rostam Qasemi como Ministro do Petróleo e o parlamento deu a sua aprovação a 3 de Agosto.

A natureza e importância das divergências

A disputa entre diferentes facções tem sido uma característica permanente da República Islâmica do Irão desde a sua fundação em 1979. Com a eleição de Mohammad Khatami como presidente em 1997, o regime islâmico dividiu-se em duas facções principais: de um lado os clérigos conservadores e do outro os que queriam algumas reformas do sistema político para salvar a República Islâmica. Esta divisão definiu os conflitos no interior da classe dominante iraniana até muito recentemente.

Ahmadinejad tem alinhado com Khamenei e outros sectores conservadores do regime contra os reformistas. A vitória dele nas eleições presidenciais de 2005 e sobretudo a sua reeleição em 2009 foi contestada pelos seus opositores; muitos observadores crêem que essas vitórias não teriam sido possíveis sem o apoio de Khamenei, dos Pasdaran e da milícia Basij controlada pelos Pasdaran. Há alegações de que os que engendraram a vitória dele em 2009 tiveram de inflacionar os 9 milhões de votos nele para mais de 23 milhões de votos, de um dia para o outro. Quando Khamenei veio exprimir um forte apoio a Ahmadinejad, ainda antes de qualquer decisão formal, isso impossibilitou qualquer investigação séria de uma possível fraude.

Por isso, a actual disputa é inusitada. Até recentemente, essas facções do regime tiveram de se unir contra os reformistas e, mais importante, contra as massas e a sua insurreição. Khamenei ajudou Ahmadinejad a chegar ao poder para o controlar, mas Ahmadinejad quer ser independente. Ele acha, ou pelo menos pretende acreditar, que não deve a sua nomeação a Khamenei e aos Pasdaran, mas ao décimo segundo Imã. (O Islão xiita defende que o décimo segundo e último sucessor de Maomé, ou Imã, conhecido como Mahdi ou o redentor, não morreu mas está escondido; quando a situação estiver madura, ele reaparecerá para limpar o mundo da corrupção).

O que tem forçado estas duas facções a continuarem a coexistir, apesar das graves acusações de uma contra a outra?

Khamenei provavelmente poderia ter demitido e eliminado Ahmadinejad e o círculo dele, mas isso não seria fácil porque há muitas contradições no seu caminho. O regime islâmico acabou de passar por uma insurreição que fez estremecer fortemente os seus pilares. O regime pode ter reprimido a insurreição, mas o recuo do povo não significa uma derrota decisiva. Um grande número de pessoas está decidida a encontrar outra oportunidade para ripostar. A participação de centenas de milhares de pessoas a gritar palavras de ordem anti-regime nas manifestações de Fevereiro em Teerão e em muitas outras cidades em defesa dos movimentos populares no Norte de África e no Médio Oriente foi uma clara indicação desse espírito. É justo dizer que o regime saiu dessa batalha não mais forte, mas mais fraco. Por isso, Khamenei não pode arriscar-se a destabilizar irreflectidamente o regime.

Porém, há outros aspectos em tudo isto. Todos os novos conflitos no interior do regime têm-lhe custado uma parte da sua base social e dos seus principais apoiantes. Não será fácil para muitos apoiantes de Khamenei digerir uma nova divisão com uma facção que até recentemente era um aliado próximo. No mínimo, isso seria desencorajador para os seus seguidores. Isto faz com que seja particularmente difícil a Khamenei prosseguir nas acusações a Ahmadinejad. Muitos observadores crêem que Khamenei quer manter Ahmadinejad até ao fim do mandato dele, mas sob controlo e supervisão apertadas. Também se crê que o clero venha a desqualificar os candidatos de Ahmadinejad ao parlamento e sobretudo às próximas eleições presidenciais em 2013. (A lei não lhe permite concorrer a um terceiro mandato.)

O que torna este conflito diferente dos anteriores é que os dois bandos dominantes têm alinhado um contra o outro nas esferas ideológica, política, económica e militar. Juntamente com as disputas políticas, também há um conflito pelo controlo das enormes fontes de rendimentos, tais como as exportações de petróleo e gás e a importação e exportação de outros bens.

Os esforços de Ahmadinejad para manter lugares governamentais chave exclusivamente nas mãos do seu círculo foram mesmo uma fonte de conflito durante o seu primeiro mandato como presidente. Mashaei foi outro osso da disputa. Em 2008, quando era o Primeiro Vice-Presidente do Irão, os parlamentares e o clero conservador forçaram-no a demitir-se por alegadamente ter feito observações pró-EUA e pró-Israel em várias ocasiões. Entre outras coisas, disse que “é o governo israelita que é o nosso inimigo e não temos nenhuma inimizade contra o povo israelita”. De uma forma desafiadora, Ahmadinejad respondeu a essa demissão fazendo de Mashaei o seu chefe de gabinete.

Diferenças ideológicas

O que faz com que o hábito de Ahmadinejad de afastar o clero de lugares governamentais seja ainda mais irritante para Khamenei e o seu bando é a forma como o presidente se tem distanciado da ideia da Velayat-e Faqih, sem o admitir explicitamente. Na realidade, o conceito de reino iminente do Mahdi — que Mashei é acusado de estar a preparar — está ao serviço dessa abordagem.

O fascínio de Ahmadinejad com o décimo segundo Imã é bem conhecido. A insinuação dele de que tem o apoio do Mahdi é interpretada como uma tentativa de contornar a posição de Khamenei como Supremo Jurista e, de facto, retira sentido à existência dele. O clero ficou enfurecido com um recente documentário que alegava que o décimo segundo Imã iria reaparecer em breve. Culparam Mashaei e a “corrente desviante” por esse filme. Ahmadinejad tem anunciado repetidamente que só é responsável perante o décimo segundo Imã. Isto está a criar as bases para a eliminação do clero do aparelho de estado.

Além disso, Mashaei e Ahmadinejad aparentemente acreditam que o Islão começou a perder a sua influência e, em vez disso, tem vindo a apelar cada vez mais ao nacionalismo iraniano. Mashaei tem sublinhado que o Islão xiita (a religião maioritária no Irão) representa a mais elevada compreensão do Islão e que o Irão contribuiu para a riqueza do Islão. Ahmadinejad, num discurso no Museu Nacional do Irão, enalteceu Ciro, o Grande, o fundador pré-islâmico do Império Persa, como um dos maiores líderes morais da história humana. Prosseguiu, elogiando o Irão e o seu passado nos seus discursos e entrevistas. Essas observações têm enfurecido o clero conservador. Mesmo Mesbah Yazdi, o aiatola que Ahmadinejad diz seguir, chamou à ideia de um “Islão iraniano” um desvio vergonhoso.

Combinar Islão com nacionalismo também tem causado alguma contenda nas esferas moral e cultural. Ahmadinejad tem comentado repetidamente que o hijab (o véu das mulheres, uma questão central do fundamentalismo islâmico) “não é o problema mais importante da nossa sociedade”. Ele tem defendido a entrada de mulheres nos estádios de futebol, outra questão extremamente contenciosa. Tal como a intervenção dele contra a proposta de separação de homens e mulheres em salas de aula distintas nas universidades, trata-se de uma jogada para conquistar a base social dos reformistas. Também reflecte um esforço para “modernizar” o Islão, ainda que muito ligeiramente.

As esferas económicas e militares

O que torna este conflito ainda mais alarmante para a estrutura do poder dominante é que estas divergências políticas estão a ser acompanhadas de manobras económicas e possivelmente militares.

Ahmadinejad e o seu círculo têm tentado usar as suas posições no governo para construírem uma base financeira que poderia fazê-los conseguir resistir à facção rival. Kayhan, um jornal que apoia vigorosamente o clero mais conservador, incluindo o Aiatola Khamenei, respondeu às observações deles sobre as diferenças políticas exprimindo uma profunda preocupação com as medidas económicas propostas por essa facção. O Kayhan disse que a “corrente desviante” e Ahmadinejad “tinham cruzado a linha da justiça ao nomearem para o governo pessoas injustificadas e também ao fazerem movimentações suspeitas em relação aos recursos financeiros dos sectores petrolífero e industrial (acções que, segundo os relatos, têm aumentado enormemente nos dois últimos anos).”

Preparando-se para um possível conflito, Ahmadinejad tem trabalhado para reforçar as relações com os Pasdaran, tanto as económicas (entregando-lhes grandes contratos de construção) como as políticas (dando importantes lugares governamentais aos comandantes Pasdaran). O governo dele também aumentou os poderes financeiros dos governadores provinciais que são nomeados pelo presidente. A luta em torno do Ministério do Petróleo é vital porque o petróleo é a mais importante fonte de rendimentos do país. Mas o controlo das importações e exportações de outros bens também é uma questão importante.

Os observadores acreditam que Ahmadinejad e Mashaei têm tentado estabelecer algum tipo de relações com os EUA, apesar dos grandes obstáculos de ambos os lados. Há relatos não confirmados de várias reuniões entre o governo iraniano e responsáveis norte-americanos, incluindo uma nos Emirados Árabes Unidos entre a Secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton e Mashaei. Isso seria consistente com os esforços globais de Ahmadinejad para obter espaço de manobra. Obedecer voluntariamente às condições do Banco Mundial e do FMI e integrar ainda mais o Irão na economia global ajudariam o círculo de Ahmadinejad a aumentar o seu papel e influência na estrutura económica e a ganhar uma melhor posição política. Vale a pena mencionar que as importações das mais básicas necessidades das massas aumentaram enormemente durante os últimos seis anos da presidência de Ahmadinejad.

A proposta de Ahmadinejad de transferir o controlo das dotações religiosas de Khamenei para os governadores provinciais pode ser considerada outra medida nessa direcção.

O apoio claro dos comandantes Pasdaran ao Aiatola Khamenei e a disputa entre Ahmadinejad e o líder Pasdaran Jaffari levou muita gente a acreditar que os Pasdaran fazem parte da facção de Khamenei e que Ahmadinejad não pode contar com o apoio deles. Mas a contraditória e complexa relação de Ahmadinejad com os Pasdaran e vice-versa indica que a situação ainda é altamente fluida. Pelo menos pode dizer-se que há pontos obscuros e escondidos nessa relação que precisam de uma completa investigação. Por exemplo, a nomeação do comandante Pasdaran Rostam Qasemi para seu Ministro do Petróleo, a presença de vários ex-comandantes Pasdaran no gabinete dele e os muitos ex-Pasdaran que ocupam altos cargos governamentais, tudo isto parece indicar algum tipo de confiança entre os dois grupos. Talvez os acontecimentos do futuro próximo venham esclarecer esta relação.

Algumas das fontes deste conflito

Dada a história de contradições e disputas no interior da República Islâmica do Irão, é difícil acreditar que essas fissuras e divisões cheguem ao fim. No que diz respeito à recente brecha, mais que qualquer outra coisa, representa uma crise ideológica. O Islão perdeu alguma da sua capacidade de fornecer legitimidade e estabilidade ao regime. As pessoas estão cansadas do regime teocrático e procuram uma saída. Muitos dos fundadores do regime e do núcleo duro dos seus governantes, incluindo os reformistas do regime, têm salientado a ineficácia da República Islâmica enquanto tal e têm apelado a uma reforma. A insurreição de 2009 revelou uma profunda crise ideológica dentro do sistema. Os recentes desenvolvimentos, incluindo a revolta nos países árabes, vieram somar-se às preocupações de algumas facções do regime.

Numa tal situação, as diferentes facções querem defender o seu programa para a salvação do sistema, mesmo que isso signifique sacrificar e substituir alguns dos mais importantes pilares que sustentam o regime. Ahmadinejad e Mashaei compreenderam essa necessidade e querem reformar o regime à sua maneira. Mas o êxito deles não está garantido e eles têm que combater outras facções, algumas que operam abertamente e outras que por agora não tomam uma posição pública (por exemplo, os Pasdaran).

O que é verdade é que mesmo que Ahamdinejad e Mashaei sejam eliminados ou silenciados, este tipo de divisões não chegará ao fim porque a sua fonte é o próprio sistema. Todos eles fazem parte do problema.

Mas o carácter destrutivo da crise não irá por si mesmo levar à queda do regime islâmico, ou pelo menos não levará automaticamente à sua substituição por um sistema que seja desejado pelo povo. De facto, em qualquer situação previsível, uma ou outra das facções tentará salvar o regime e reestruturá-lo mais eficazmente dentro do sistema imperialista global, e continuará a oprimir, a reprimir e a explorar as massas populares ao serviço do capitalismo mundial.

Ao mesmo tempo, estes novos desenvolvimentos também têm o potencial para empurrar as pessoas para seguirem uma ou outra das facções da classe dominante. O ódio ao Aiatola Khamenei, que tem monopolizado as posições chave da estrutura do poder islâmico e é o símbolo do sistema teocrático, pode dar lugar a uma abordagem pragmática que significaria, desta vez, um apoio ao bando Ahmadinejad-Mashaei, embora eles tenham sido o principal alvo da recente insurreição popular. Uma tal abordagem levará as pessoas a um ciclo inútil e neutralizará os seus anos de luta e sacrifício.

Porém, estas fracturas podem vir a debilitar ainda mais o sistema e fornecer uma oportunidade às forças revolucionárias para avançarem e organizarem as suas fileiras e as massas para uma mudança radical do país.

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