As seguintes actualizações foram traduzidas pela Página Vermelha de FreeMumia.com, um website mantido pela Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal (Nova Iorque) e pela Organização Internacional de Familiares e Amigos de Mumia Abu-Jamal (ICFFMAJ). Contém a mais recente informação sobre o estado de saúde de Mumia, bem como fotos e excertos de algumas actualizações anteriores.


Mumia novamente hospitalizado

A vida do brilhante jornalista, intelectual, revolucionário e preso político Mumia Abu-Jamal está em grande perigo. Nos anos 1990, o estado da Pensilvânia marcou duas datas para a execução de Mumia, apesar de ele estar inocente. Só um movimento internacional fez parar as mãos do executor.

Agora, retirado do Corredor da Morte, Mumia está uma vez mais sujeito a uma tentativa de execução, desta vez por negligência e má prática médica. Sem um historial de diabetes, e depois de ter feito três exames sanguíneos apenas algumas semanas antes, a 30 de Março Mumia entrou em choque diabético.

Ele foi hospitalizado na segunda-feira, 30 de Março, com elevados e críticos níveis de açúcar no sangue, mas dois dias depois foi transferido de volta à mesma prisão que não o tinha conseguido diagnosticar nem tratar, apesar de ele continuar muito doente. A dieta dele é perigosa e a saúde dele está a deteriorar-se. Uma vez mais, só uma enorme pressão poderá impedir a morte dele.

Chamem os seguintes números e exijam que seja concedido a Mumia: o tratamento por especialistas da escolha dele fora do Departamento Correccional, uma dieta apropriada e visitas diárias pela família, amigos e advogados.

John Wetzel - Secretary, PA Department of Corrections – (717) 728-4109
Thomas Wolf - Governor of Pennsylvania – (717) 787 2500

ACTUALIZAÇÃO, Quarta-feira, 13 de Maio:

Por Noelle Hanrahan, da Prison Radio:

Uma enfermeira da prisão SCI Mahanoy telefonou à mulher de Mumia, Wadiya Jamal, ontem à noite (12 de Maio) pelas 20:50 e disse-lhe que Mumia tinha sido transferido para o hospital. Isto é um desenvolvimento perturbador e causa de grande preocupação. Há relatos de que ele tinha febre e feridas e chagas abertas nas pernas. O advogado dele, Bret Grote, tinha-o visitado na sexta-feira. Ele estava empenhado e alerta, apesar de estar com dores nos joelhos e na perna.

Vamos manter-nos a trabalhar para recolher mais informação à medida que decorre o dia. As condições dele no hospital devem ser detestáveis: ele pode estar acorrentado à cama. Ele pode, como já o fizeram antes, ver serem-lhe arbitrária e sistematicamente negadas visitas. A última vez que esteve na unidade de cuidados intensivos (UCI), eles não deixaram a família dele ou os advogados vê-lo, nem lhes deram qualquer informação durante 24 horas. Apesar de eles estarem na sala de espera da UCI a poucos metros da cama de Mumia.

Claramente, o estado crónico de Mumia continua sem ser diagnosticado e sem ser tratado. Na segunda-feira desta semana, foi feita a Mumia uma biopsia de pele e ele esteve na enfermaria a seguir a esse procedimento.

A equipa jurídica de Mumia, liderada por Bret Grote do Centro Legal Abolicionista, foi aumentada com a entrada do advogado Bob Boyle. O médico de Mumia tem falado directamente com Mumia, embora o tempo que lhe deram para telefonar na enfermaria fosse limitado. Não há nenhum telefone no hospital. A equipa médica especialista de Mumia tem aconselhado Mumia nos exames e medicamentos que lhe têm administrado. Este conselho tem sido crucial e agora já não é possível.

Como salientámos na nossa última actualização, uma supervisão e monitorização constante de qualquer exame, especialmente dos exames de diagnóstico, é crucial. A prisão está a impedir Mumia e os médicos de Mumia de uma adequada supervisão e aconselhamento. Como a comunicação está a ser limitada pelos funcionários da prisão, Mumia não tem acesso suficientemente rápido à informação de que precisa para pedir os seus próprios cuidados médicos. Temos consciência de que exames inadequados, atrasos e qualquer afastamento em relação ao processo de tratamento medicamente necessário serão um desafio.

Obter um diagnóstico é de importância suprema neste momento

Mumia continua gravemente doente. A pressão pública tem sido chave em todos os passos do processo e continua a ser extremamente importante. Por favor, continuem a fazer chegar chamadas, emails e faxes. Exijam que: (1) Sejam feitos exames de diagnóstico adequados; (2) Que o médico de Mumia possa comunicar livre e regularmente com os médicos da enfermaria da prisão que estão a prestar cuidados médicos a Mumia; (3) Que o médico dele tenha acesso telefónico suficiente e regular a Mumia (não há nenhum telefone no hospital, na enfermaria; as chamadas dele estão limitadas a 15 minutos e ele tem acesso limitado à sala de dia onde estão os telefones); (4) E que permitam que o médico escolhido por Mumia faça um exame médico no local. E tal como muitas pessoas têm dito, já é mais que tempo para Mumia ser libertado da prisão.

Domingo, 10 de Maio:

Abaixo estão vídeos e fotos da poderosa conferência de imprensa que teve lugar no Restaurante Madiba no Harlem, na quinta-feira, 7 de Maio.

Para ver um resumo da conferência de imprensa, clique aqui.

Para ver toda a conferência de imprensa, clique aqui.

Actualização sobre a conferência de imprensa, por Suzanne Ross:

Na quinta-feira, 7 de Maio, a Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal foi anfitriã de uma poderosa conferência de imprensa de apoio ao apelo – emitido por uma carta amplamente circulada e assinada pelo Arcebispo Tutu, pelo Ministro Louis Farrakhan e por muitas outras pessoas – a exigir que Mumia seja diagnosticado e tratado por médicos independentes da escolha dele. Além disso, a carta apela à libertação de Mumia da prisão com base na inocência dele e agora nas graves doenças dele que, para dizer o mínimo, não foram efectivamente tratadas pelos médicos prisionais e que foram seguramente agravadas, se não mesmo causadas, pelo tratamento que lhe administraram. Só a libertação de Mumia da prisão garantirá a recuperação plena que ele merece e tem de obter.

Os oradores na conferência de imprensa foram: Cornel West; o Professor de Cinema da Universidade de Columbia e fundador e director do Teatro Jovem IMPACTO, Jamal Joseph; o vereador de Nova Iorque, Charles Barron; o Senador Bill Perkins; a Vice-Presidente Executiva da Local 1199, Estela Vasquez; o Adjunto do Presidente da Câmara de Saint-Denis, Didier Paillard e a membro do Comité Libertem Mumia de Saint-Denis, Juliette Seydi; Larry Holmes, da Assembleia de Poder Popular; o Dr. Joseph Harris da Médicos por Mumia; Noelle Hanrahan, Directora Executiva da Prison Radio; Pam Africa, da Organização Internacional de Familiares e Amigos de Mumia Abu-Jamal (Nova Iorque); e Suzanne Ross (MC), da Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal.

Como organizador da conferência de imprensa e como alguém que organizou muitas conferências de imprensa deste tipo, posso dizer sem qualquer hesitação que não me consigo lembrar de alguma vez as pessoas terem respondido tão depressa e avidamente a um convite para participar como desta vez. As pessoas mudaram os seus compromissos com um aviso muito curto, os espaços para a conferência de imprensa foram oferecidos como nunca antes nos foram oferecidos e o espírito era de apoio generoso a Mumia. Isto foi uma voz colectiva de indignação contra o que o Estado da Pensilvânia e o seu sistema prisional está a fazer a Mumia e um clamor colectivo de resistência, compromisso e amor para salvar, curar e libertar Mumia!

Ona Move!

Suzanne Ross

Crédito das fotografias: Willy Vainqueur.

Conferência de imprensa da Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal no Restaurante Madiba, Harlem, 7 de Maio de 2015
Conferência de imprensa da Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal no Restaurante Madiba, Harlem, 7 de Maio de 2015
Conferência de imprensa da Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal no Restaurante Madiba, Harlem, 7 de Maio de 2015
Conferência de imprensa da Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal no Restaurante Madiba, Harlem, 7 de Maio de 2015
Conferência de imprensa da Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal no Restaurante Madiba, Harlem, 7 de Maio de 2015
Conferência de imprensa da Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal no Restaurante Madiba, Harlem, 7 de Maio de 2015
Conferência de imprensa da Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal no Restaurante Madiba, Harlem, 7 de Maio de 2015
Conferência de imprensa da Coligação Libertem Mumia Abu-Jamal no Restaurante Madiba, Harlem, 7 de Maio de 2015

Quinta-feira, 30 de Abril:

Segue-se uma actualização médica do advogado de Mumia, Bret Grote:

Fiz hoje um telefonema jurídico a Mumia. Nessa chamada, informei-o da opinião clínica do médico que Mumia escolheu para ajudar no diagnóstico e tratamento dele. Ele autorizou que eu partilhasse o seguinte:

O médico com que estamos a trabalhar está a recomendar que Mumia seja visto por um oncologista e que seja feito um exame de malignidade oculta, incluindo uma biopsia de pele para descobrir a potencial presença de um cancro escondido. Esse exame deve procurar um linfoma, incluindo a forma exfoliativa/eczematosa do linfoma Célula T Cutânea. Isto é assim especialmente dado que os registos médicos obtidos esta semana indicam que um TAC de 15 de Abril de 2015 mostrou nodos linfáticos anormais na virilha e ao redor da aorta. É imperativo que Mumia obtenha um diagnóstico do estado subjacente, qualquer que ele seja, que tem sido responsável pela grave erupção cutânea da pele que dura há vários meses para que possa ser imediatamente desenvolvido e implementado um plano de tratamento.

Mumia disse-me hoje que o pessoal médico da prisão o tinha ir ver por volta das 14:00 de ontem para conferir os nodos linfáticos dele e disseram-lhe que poderiam vir a fazer uma biopsia. Isto aconteceu cerca de duas horas depois de eu ter enviado as recomendações do médico de Mumia para que ele fosse visto por um oncologista, fizesse um exame de malignidade oculta, incluindo uma biopsia e a busca pela presença de um linfoma.

Eu irei visitar Mumia amanhã.

Mumia continua na enfermaria. Ele já não está a ser medicado com cyclosporine. As extremidades baixas dele ainda estão inchadas mas não tão gravemente quanto estavam há alguns dias, informou-me ele. O estado da pele dele é a mesma que antes, com uma erupção cutânea em grande parte do corpo, extremamente formigante, seca e escamosa. Os níveis de açúcar no sangue dele têm estado estáveis e ele já não está a receber insulina, mas está a receber um glucófago duas vezes ao dia.

Mumia mandou o seu carinho a toda a gente.

Em solidariedade, Bret

Quarta-feira, 29 de Abril:

Segue-se uma actualização feita por Noelle Hanrahan, da Prison Radio.

Na segunda-feira, 27 de Abril, de manhã Mumia Abu-Jamal foi mandado de volta à enfermaria da prisão SCI Mahanoy, na Pensilvânia. Durante todo esse dia, o advogado dele, Bret Grote, esteve na prisão. Não foi autorizada nenhuma visita, e ele e Pam Africa não puderam ver Mumia. Não tem havido nenhum contacto com Mumia desde domingo, da família, médicos, advogados ou apoiantes dele, e há uma séria preocupação de que o estado de saúde dele, sem tratamento e indevidamente cuidado pelos médicos da enfermaria da prisão, possa resultar na morte dele.

Ver aqui o vídeo sobre o estado de saúde de Mumia.

O Departamento Correccional recusou o pedido de Mumia para haver um diagnóstico correcto da(s) doença(s) dele e de que ele necessita de ser visto por especialistas médicos adequados. O médico dele foi impedido de falar com o pessoal que o está a tratar e de visitar Mumia. Na quarta-feira, 29 de Abril, iremos fazer uma conferência de imprensa no edifício do Governador Tom Wolf, em Harrisburg, Pensilvânia, na Rotunda do Capitólio, às 11:00.

Neste momento, não sabemos o que está a acontecer com Mumia. Mantenham-se atentos a Mumia! Exijam visitas familiares e acesso jurídico. Temos de defender o nosso irmão Mumia, tal como ele sempre nos defendeu a nós.

Terça-feira, 28 de Abril:

(1) Isto é uma actualização da Prison Radio – datada de segunda-feira, 27 de Abril:

A Pam Africa e o advogado de Mumia, Bret Grote (do Centro Legal Abolicionista), tentaram visitar Mumia hoje na SCI Mahanoy. A prisão proibiu todas as visitas hoje por “razões de saúde e segurança”.

E esta manhã Mumia recebeu uma ordem obrigatória para se apresentar na enfermaria, onde foi readmitido.

Quando eu estava no estúdio da Prison Radio em São Francisco no domingo à tarde, tocou o telefone. Mumia telefonou para deixar uma mensagem aos seus apoiantes. Ele esforçou-se por nós; é agora altura de nos esforçarmos por ele. O esforço dele para gravar um comentário é um testemunho da coragem e resiliência dele. Por favor, saibam que ele continua criticamente doente e necessita do nosso apoio para obter os cuidados médicos que lhe podem salvar a vida.

Aspecto do rosto de Mumia Abu Jamal
Aspecto do rosto de Mumia Abu Jamal

No sábado, Mumia foi visitado durante 2 horas e meia pela mulher, Wadiya Jamal, e por Rachel Wolkenstein. (Ouçam aqui a gravação áudio do relato delas.) Esta visita revelou que Mumia estava criticamente debilitado e tinha graves sintomas que estão frequentemente associados a elevados níveis de glicose, a tensão e falha dos rins e a insuficiência renal. A imagem ao lado mostra a gravidade do estado crónico da pele dele, do qual resultaram feridas fissuradas e abertas em todo o corpo. Os membros dele estão enormemente inchados e ele mal consegue caminhar.

(2) Durante o fim-de-semana soubemos pela mulher de Mumia, Wadiya Jamal, que o estado dele parecia estar a deteriorar-se. Quando o advogado de Mumia o foi visitar na segunda-feira, foi-lhe dito que Mumia tinha sido levado de volta à enfermaria da prisão, mas foi-lhe negado acesso para o visitar, em violação das regras da prisão.

(3) Segue-se um comunicado da Organização MOVE e da Organização Internacional de Familiares e Amigos de Mumia Abu Jamal (ICFFMAJ).

A 27 de Abril de 2015, o nosso irmão Mumia Abu Jamal foi mandado de volta à enfermaria da prisão SCI Mahanoy na Pensilvânia. Desde ontem que Mumia tem estado incomunicável às mãos dos funcionários da prisão. Neste momento, não sabemos o que está a acontecer com Mumia. Ontem, o advogado dele, Bret Grote, não foi autorizado a vê-lo – o próprio advogado dele! O advogado de Mumia, Bret Grote, e um membro da Sociedade Prisional da Pensilvânia, Johanna Fernandez, pessoas que supostamente têm ambas acesso autorizado ao interior da prisão a qualquer hora de acordo com as regras do Departamento Correccional, viram negado esse acesso. Os funcionários da prisão querem manter Mumia isolado de visitas externas e impedir que as fotografias da negligência médica que está a ser infligida a Mumia pelos funcionários da prisão sejam vistas pelo público. Estes sádicos não querem ser denunciados pelo seu papel num assassinato premeditado. O que a polícia não conseguiu fazer em 9/12/81 e o que este governo não fez em 8/1995 e 10/1999, os funcionários da prisão estão a tentar fazer agora, ou seja assassinar Mumia. Eles estão a mantê-lo isolado do mundo e a matá-lo lentamente. Não podemos deixar que isto aconteça e é nossa tarefa impedir o estado de cometer assassinato tal como fizemos em 1995 e 1999! Mantenham a pressão! Temos de falar pelo nosso irmão combatente pela liberdade Mumia, tal como ele sempre tem falado por nós. Não estamos em condições de relaxar em relação a esta situação nem por um minuto. Não se enganem: eles irão assassinar Mumia se pensarem que se podem safar com isso.

Segunda-feira, 27 de Abril:

(1) Ontem, Mumia enviou esta mensagem aos apoiantes dele em todo o mundo. (2) Segue-se um comunicado da MOVE e da Organização Internacional de Familiares e Amigos de Mumia Abu-Jamal (ICFFMAJ):

Este governo está neste mesmo momento a matar activamente Mumia na SCI Mahanoy. Quando Mumia foi transferido para a população geral em Dezembro de 2012, Maureen Faulkner e a Fraternal Ordem da Polícia deixaram claro que queriam que ele morresse lá. Maureen Faulkner declarou que “não parece estar assim tão distante” o tempo em que Mumia “se irá erguer perante o seu juiz final”. Ela insinuou que esperava que ele fosse morto por outro preso. Eles estão agora a levar a cabo esse mesmo plano com os médicos da prisão! Mumia foi mantido em isolamento durante trinta anos. Quando viram que ele tinha emergido disso forte, saudável e determinado, decidiram chegar a ele de outra forma. Apesar de ter sido baleado e espancado a 9 de Dezembro de 1981, Mumia sobreviveu. Eles não conseguiram executá-lo, apesar das duas datas marcadas para a execução, e após trinta anos de isolamento eles não conseguiram quebrar o espírito dele. A situação médica de Mumia vai mais além do que negligência ou incompetência médica – isto é assassinato deliberado.

A mulher de Mumia, Wadiya Jamal, visitou-o duas vezes esta semana e testemunhou que o estado dele é muito pior que na semana anterior. Mumia entrou na sala de visitas com pequenos passos, com graves dores e falando lenta e pausadamente. A cara dele estava afundada, a pele dele enegrecida como as vítimas de queimaduras, com feridas abertas, e os braços, torso, pernas e testículos dele estavam gravemente inchados com uma pele que está esticada e rígida devido ao inchaço. Sentar-se e levantar-se era doloroso.

Os médicos da prisão dizem que não sabem exactamente o que está errado com Mumia e mesmo assim não autorizaram médicos externos a vê-lo. Não é que eles não saibam, é que eles sabem exactamente o que está a acontecer e isso é exactamente o que eles pretendem que aconteça! Uma das drogas que Mumia está a tomar, a cyclosporine, é conhecida por diminuir o sistema imunitário e causar muitos dos sintomas com que Mumia está a ser torturado: arrepios, dores, problemas com a fala ou a caminhar, fraqueza nos músculos, tremores ou espasmos musculares. Mumia está a sofrer horrivelmente e está limitado a escolher entre não ter nenhum cuidado médico ou a ser tratado pelas pessoas contratadas por uma instituição que está empenhada no assassinato dele. A única solução é Mumia ser mandado para casa para ficar com a família!

Não é nenhum acaso que este ataque a Mumia surja quando as pessoas se estão a levantar em todo o país para protestar contra os assassinatos policiais de Eric Garner, Mike Brown, Freddie Gray e muitos mais. A voz de Mumia tem sido chave a educar o mundo sobre estes assassinatos e a unir as pessoas na luta. Quando as massas populares se estão a levantar em revolta, eles mais que nunca precisam de um Mumia silenciado. Temos de nos unir como nunca antes para lutar contra este terrorismo policial e trazer Mumia para casa! Mumia deu a vida dele por este movimento, sacrificou tudo pela verdadeira justiça, agora é altura de saldarmos a nossa dívida para com ele!

(3) Podem ver aqui e aqui fotografias da acção de aniversário de 24 de Abril na embaixada dos EUA no México contra a actual tentativa de matar Mumia.

Sexta-feira, 24 de Abril:

Mumia Abu-Jamal foi hoje visto pela mulher e o estado de saúde dele está pior. Ele está gravemente doente. Estamos a pedir a toda a gente para telefonar para a prisão. Imediatamente. Pode ser tarde, mas telefonem assim que lerem isto. Mumia precisa de cuidados e supervisão 24 horas por dia. Ele não pode estar neste estado com a população prisional geral. Neste estado ele pode não ser capaz de pedir ajuda, pode perder a consciência. Ele está muito fraco. (Ele saiu da enfermaria há dois dias).

O estado dele: Ele está extremamente inchado no pescoço, tórax e pernas e a pele dele está pior que nunca, com chagas abertas. Ele não estava numa cadeira de rodas e só conseguia dar pequenos passos. Ele está muito fraco. Esteve continuamente a adormecer durante a visita. Ele não consegue comer – foi alimentado com uma colher. Isto são sintomas que podem estar associados a elevados níveis de glicose, choque diabético, coma diabético e tensão e falha renal.

Por favor telefonem para estes números e para qualquer outro número que tenham da Prisão e do Governador.

Exijam que Mumia Abu-Jamal seja visto por um médico assim que possível. Imediatamente! Exijam que os funcionários da prisão chamem imediatamente a mulher dele, Wadiya Jamal, e o advogado dele, Bret Grote. Exijam que ele seja visto imediatamente e que não o deixem entrar em coma diabético.

John Kerestes, Superintendent SCI Mahanoy: 570-773-2158 x8102 | 570-783-2008 Fax | 301 Morea Road, Frackville PA 1793

Tom Wolf, PA Gvrnr: 717-787-2500 | Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. | 508 Main Capitol Building, Harrisburg PA 17120

John Wetzel, PA DOC: 717-728-4109 | 717-728-4178 Fax | Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. | 1920 Technology Pkwy, Mechanicsburg PA 17050

Susan McNaughton, DOC Press secretary 717-728-4025. PA Doc Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Quinta-feira, 16 de Abril:

Pano de Fundo (Prison Radio):

Marylin Zuniga, uma professora do ensino público de Nova Jersey, demonstrou solidariedade e preocupação quando encorajou os seus alunos da 3ª classe a enviarem cartões de melhoras a Mumia a semana passada. Infelizmente, as boas intenções dela originaram um ricochete previsível: ela foi imediatamente suspensa e pode vir a perder o emprego.

Esses cartões significaram muito para Mumia numa altura em que ele está muito isolado e extremamente doente. Entregues por um pequeno grupo dos amigos próximos dele, entre os quais a Prof. Johanna Fernandez, Pam e Abdul Africa, esses cartões fizeram Mumia sorrir de apreciação e gratidão. Eles fizeram-no sorrir num momento em que ele estava tão debilitado pela negligência médica que mal se conseguia pôr em pé. Zuniga escreveu no Twitter sobre a excitação dela por Mumia ter recebido os cartões de melhoras dos estudantes dela, o qual dizia: “Os meus alunos do 3º ano escreveram a Mumia para levantar a moral dele dado que ele está doente.”

É necessário que defendamos a sra. Zuniga, uma professora que estudou na Universidade de Columbia e que está no início da carreira dela. As acções dela deveriam ser aplaudidas e vistas como exemplo.

Quando Angela Davis foi encarcerada no início dos anos 1970 sob acusações forjadas devido às fidelidades políticas dela, um milhão de crianças das escolas da Alemanha de Leste enviaram-lhe rosas para a prisão! Não porque lhe tenham deixado recebê-las! Mas em vez disso, foi um símbolo de amor e solidariedade que reverberou para além das fronteiras nacionais e dos muros da prisão.

Actualização:

A reunião com os membros da Direcção da Escola de Orange em que estivemos presentes ontem à noite não foi como nada que eu tenha visto em toda a minha vida. Organizámo-nos para conseguir a presença de pessoas locais e apareceram mais de 100 pessoas, foi impressionante. Dezenas de pessoas dirigiram-se ao microfone e falaram de uma forma poderosa para deixar clara a posição delas em relação a Mumia e em defesa de Marylin Zuniga. Ficámos especialmente impressionados com o número das pessoas que se ergueram e falaram sobre Mumia. Aqui temos de agradecer a relação há muito existente entre o nosso movimento e o POP e Larry Hamm. Temos vindo a trabalhar de perto com ele e, na noite anterior à reunião da direcção da escola, fomos a um grande evento que ele ajudou a organizar na Igreja Baptista Bethany com Cornel West. Larry pediu-nos que falássemos no evento sobre o assunto e muitas dessas pessoas apareceram na reunião da direcção no dia seguinte.

Ontem à noite, a Direcção da Escola de Orange entrava prestes a despedir a professora e os advogados do sindicato tinham-na convencido a demitir-se na reunião para proteger a licença de ensino dela. De facto, eles tentaram convencê-la a cancelar a reunião pública. Mas nós insistimos nisso com ela, para fazer um desafio à linha da administração e a reunião pública teve lugar. Os manifestantes locais ficaram roucos, em fogo, e as declarações deles foram profundamente comoventes. Colectivamente, pressionámos a direcção a recuar e quando a direcção tentou impedir os comentários da audiência, um membro da direcção assumiu uma posição dramática, dizendo que se o público não fosse autorizado a falar não havia nenhuma razão para ela continuar na reunião, e nessa altura ela saiu em solidariedade connosco. Isso mudou a situação, foi uma amolgadela na armadura deles e nesse momento a multidão explodiu em aplausos. Pouco tempo depois, a Direcção reuniu-se em privado e decidiu não despedir Marylin, manter o salário dela, embora ela continue suspensa, e voltar a reunir numa data posterior para discutir a questão. Os manifestantes também deram força a Marylin para manter a posição dela e reconsiderar a demissão que ia ler à reunião, mas que não o fez. Em vez disso, ela leu uma versão corrigida. Vejam aqui um artigo e aqui um vídeo. Por favor, façam circular.

Terça-feira, 14 de Abril:

Suzanne Ross, da Coligação Libertem Mumia (Nova Iorque) visitou Mumia ontem, 13 de Abril – eis o relato dela:

Eu vi Mumia ontem na sala de visitas da prisão Mahanoy durante pouco mais de uma hora. Ele apareceu numa cadeira de rodas controlada manualmente e manobrada por ele próprio. Isso não era fácil para ele. Eu então empurrei a cadeira de rodas até à mesa da frente onde nos sentámos. Ele parecia melhor do que estava naquelas fotografias amplamente disseminadas e tiradas há uma semana e também parecia um pouco melhor que na descrição de Wadiya quando ela o viu na quinta-feira. Tal como eu salientei numa introdução ao relato da Wadiya, as diferentes descrições podem reflectir diferenças aos olhos dos observadores, mas principalmente penso que reflecte as flutuações no estado diabético de que ele está a sofrer.

Para clarificar algumas diferenças nos relatos. Mumia repetiu que tinha perdido mais de 40 quilos. Esta enorme perda de peso num período de tempo tão curto causa-lhe dores quando se senta, aparentemente sobretudo na cadeira de rodas. Eu sugeri que usasse uma almofada, a qual obviamente deveria ter sido fornecida com a cadeira de rodas e ele disse que iria obter uma. A pele dele continuava a parecer variada, multicolorida e muito flácida. Parecia seca. Ele disse que não doía mas que tinha muita comichão e que tinha de cobrir o corpo com um creme anticomichão que ele usa repetidamente, tal como tinha feito antes de vir para a visita. Ele continua a tremer. Talvez um dos médicos que temos consultado possa explicar a que se deve o tremor. A fala dele era clara e de forma nenhuma inaudível. Ele diz que não tem pneumonia, uma das doenças que tem sido várias vezes referida, e que os pulmões dele estão limpos. A confusão foi gerada porque um técnico confundiu a cicatriz da ferida do tiro que ele levou no momento da prisão e encarceramento dele em 1981 com possíveis danos pulmonares devido a uma pneumonia. A dieta dele mudou significativamente: ele está receber muita fruta e legumes e o consumo de calorias dele está a ser monitorizado. Acabou de aumentar para 2500 calorias por dia. Esta melhoria da dieta foi certamente uma das vitórias da nossa campanha, porque exprimimos a nossa indignação em relação à dieta que ele estava a receber (massas ao jantar e bolo juntamente com papa de aveia ao pequeno-almoço) a seguir a um nível de açúcar no sangue que estava tão perigosamente perto do coma diabético. As autoridades devem ter ficado incomodadas por terem sido apanhadas na negligencia voluntária deles das necessidades de Mumia, seja por má prática ou malevolência.

Mumia estava muito consciente e profundo, e como sempre cheio de um extenso conhecimento histórico, quando discutimos alguns dos mesmos tipos de questões políticas que geralmente discutimos quando eu o visito. Ocasionalmente, ele teve mesmo muito humor. O espírito e intelecto dele continuam inquestionavelmente Mumia. Mas ele está preocupado com alguma perda na capacidade dele em se lembrar de palavras, sintomas do tipo afasia, e por vezes sente estados de fuga. Aparentemente, ele não teve nenhum destes sintomas enquanto eu lá estive. Mumia continua a estar extremamente desidratado. Muito notavelmente para mim é o trauma que tudo isto está a impor a Mumia, um grande, grande, grande trauma físico e emocional, Ele sente que os esteróides que lhe deram para a doença inicial da pele lhe trouxeram diabetes, e agora um ameaçador quadro diabético, já para não falar da dor, da comichão, do tremor e das questões de memória que ele descreveu. TUDO FEITO A ELE, IMPOSTO A ELE.

É importante salientar, em termos de Mumia obter a ajuda médica externa de que necessita, que ele submeteu uma queixa relativa à falta de cuidados médicos apropriados que ele não está a receber. Este passo é necessário antes de qualquer médico externo poder obter autorização para lá entrar. Dado que tudo o que Mumia podia fazer em termos de apresentar esta queixa era colocá-la numa caixa, queremos ter a certeza de que há um registo, ainda que informal, da apresentação desta queixa para o caso de ela ‘desaparecer’.

Mumia está profundamente agradecido ao movimento pelo seu carinho e tem uma grande fé na sua força. Quando lhe perguntei se tinha alguma sugestão sobre o que deveríamos estar a fazer, ele disse: “Continuem a fazer o que estão a fazer.” Por isso, continuemos a fazer chegar essas chamadas, emails, faxes e reuniões de informação.

Segue-se o resumo de Noelle Hanrahan do que Mumia precisa no que diz respeito a médicos. Por favor, peçam isto quando escreverem ou telefonarem às pessoas listadas no final.

Que:

1) O médico privado escolhido por Mumia tenha acesso telefónico regular imediato a Mumia na enfermaria. O acesso telefónico está limitado à enfermaria e Mumia e o médico dele precisam de estar em contacto semanal.

2) O médico dele seja autorizado a comunicar livre e regularmente com os médicos da enfermaria da prisão que estão actualmente a supervisionar os cuidados de Mumia.

3) O Departamento Correccional (DOC) da Pensilvânia autorize o médico de Mumia a programar um Exame Médico Independente imediato numa sala de exame com uma mesa e instrumentos médicos.

4) O DOC da Pensilvânia desenvolva um plano de diagnóstico e tratamento adequado para se descobrir qualquer doença subjacente que possa ter contribuído para a actual crise dele e que sejam marcadas consultas com especialistas apropriados em tempo útil que sejam usadas para ajudar neste esforço.

Mumia Abu-Jamal com a mulher, Wadiya Jamal
Mumia Abu-Jamal com a mulher, Wadiya Jamal
Mumia Abu-Jamal com Wadiya Jamal e Rachel Wolkenstein
Mumia Abu-Jamal com Wadiya Jamal e Rachel Wolkenstein
Mumia Abu-Jamal na prisão SCI Mahanoy
Mumia Abu-Jamal na prisão SCI Mahanoy
Mumia Abu-Jamal com Abdul Jon, Johanna Fernandez e Pam Africa
Mumia Abu-Jamal com Abdul Jon, Johanna Fernandez e Pam Africa

Segunda-feira, 13 de Abril:

Nota explicativa: Se alguns dos relatos das pessoas que viram Mumia, ou que simplesmente ouviram a mensagem dele, parecem contraditórios, por favor lembrem-se que, de acordo com Mumia, o estado dele, a forma como ele se sente, os sintomas, etc., aumentam e diminuem, pelo que diferentes visitas podem reportar imagens algo diferentes. Independentemente disto, ele continua muito doente e precisa de cuidados médicos independentes. Por favor, continuem a fazer chamadas, a assinar os abaixo-assinados e a organizar reuniões de informação e eventos de protesto de preparação para o 24 de Abril, o aniversário de Mumia. Iremos actualizando os números e qualquer evento planeado. LIBERTEM MUMIA, LIBERTEM JÁ TODOS OS NOSSOS PRESOS POLÍTICOS!

- Suzanne Ross, da Organização Internacional de Familiares e Amigos de Mumia Abu-Jamal

Carta de Wadiya:

Wadiya Jamal
Com Grande Orgulho
11 de Abril de 2015

Na quinta-feira, 9 de Abril de 2015, visitei o meu marido Mumia Abu-Jamal na SCI Mahanoy, juntamente com Rachel Wolkenstein, minha advogada e irmã. Eu tinha visto Mumia na UCI do hospital onde ele estava sentado direito, com a mão algemada a uma cadeira. Vi as fotografias tiradas a Mumia durante a visita de segunda-feira, 6 de Abril, da minha irmã Pam Africa, Abdul Jon e Johanna Fernandez. Chorei quando vi essas fotos. Mas ainda assim não estava preparada para a forma como Mumia estava ao vê-lo na sala de visitas da prisão, ele estava pior. Senti que o meu marido está à beira da morte.

Terça-feira, 7 de Abril:

ACTUALIZAÇÃO: De visitantes de Mumia (Pam Africa, Johanna Fernandez, Abdul Jon)

Mumia estava muito doente quando o vimos na sexta-feira passada, 3 de Abril. Por isso, a Pam Africa insistiu em que regressássemos à prisão SCI Mahanoy hoje, segunda-feira, 6 de Abril, para o inspeccionar.

O açúcar no sangue dele estava hoje a meio dos 200 e continua a flutuar, e embora Mumia ainda esteja muito fraco, ele estava melhor que na sexta-feira. Ele disse-nos que os médicos lhe tinham dado uma injecção dupla de insulina imediatamente antes de ele sair para a visita, provavelmente num esforço para o fazer aparecer temporariamente mais enérgico do que ele está. Isto preocupa-nos porque uma sobredose de insulina é uma possibilidade nestas circunstâncias. Uma vez mais, Mumia ainda não foi visto por um especialista em diabetes, embora o médico de clínica geral lhe tenha dito hoje que ele talvez precise de ver um nutricionista. Isto é um sinal de que os nossos protestos estão a resultar, dado que as notícias divulgadas eram de que ele estava a comer esparguete ao almoço, quando o açúcar no sangue dele era de 336.

Porém, apesar deste modesto progresso, Mumia lutou para sair da cadeira de rodas para que pudéssemos tirar uma fotografia dele. Ele manteve-se na cadeira de rodas durante o resto da visita. Mumia também nos disse que a mente dele está cheia com um milhão de coisas todos os dia, mas que ele só tem capacidade mental e física para se focar num só pensamento. Ele disse ter aprendido que, dado que sempre teve uma forte constituição, não tinha apreciado a centralidade da força da energia da vida para viver. Ele também partilhou algo que o deve ter humilhado profundamente e com o qual deve ser difícil lidar.

Na quinta-feira passada, Mumia tentou ir à casa de banho na enfermaria. Como estava tão fraco, não conseguiu manter-se de pé. Caiu ao chão e ficou ali à espera, desesperado e impossibilitado de pedir ajuda durante 45 minutos, até ter sido encontrado por um médico e por outro preso.

Partilhámos um momento comovente com Mumia num esforço para lhe levantar a moral. Dois professores entregaram-nos cartas que os estudantes deles tinham escrito a Mumia. Umas vinham de uma 3ª classe da sra. Marylin Zuniga, de Orange, Nova Jérsia. As outras eram de um grupo de estudantes do ensino secundário da Associação de Estudante de Filadélfia, que luta por uma reforma do ensino e é liderada por Hiram Rivera.

Já tinha sido há muito tempo que tínhamos visto Mumia a sorrir. Ele sorriu quando leu excertos destas cartas comoventes.

Partilhamos estas fotografias para vos dar uma amostra da gravidade do estado de Mumia. Ele perdeu mais de 20 kgs e todo o corpo dele está coberto de uma camada rígida, tipo couro, que está sangrenta, dolorosa e sarnenta.

Continuamos a exigir que o autorizem a ser visto por uma equipa independente de especialistas escolhidos pela família e apoiantes dele.

Pam Africa
Johanna Fernandez
Abdul Jon

COMO PASSAR À ACÇÃO:

Precisamos que todos continuem a telefonar para as autoridades prisionais da Pensilvânia para exigir que o caso dele sido revisto por médicos que representem a família dele (forneçam também o nome de nascimento dele, Wesley Cook).

  • Corrections Secretary John Wetzel, 717-728-4109 or Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
  • Pennsylvania Bureau of Health Care, Director Chris Oppman, 717-728-5311
  • Schuylkill Medical Center, Superintendent Mark Lory, 570-621-5000
  • Mahanoy State Correctional Institute, Superintendent John Kerestes, 570-773-2158

HISTORIAL:

  • Durante os últimos três meses Mumia tem sofrido de uma erupção de eczema extrema, com a pele crua, empolada e sangrenta. Durante este período, Mumia alertou vários apoiantes e os médicos da prisão sobre a profundidade da preocupação dele. Não só eles não trataram adequadamente do estado de saúde dele como, tal como disse a Pam Africa, “deram-lhe uma medicação errada que fez piorar o estado dele”.
  • Bret Grote, um dos advogados de Mumia, do Centro Legal Abolicionista, disse: “Mumia não tem uma história de diabetes, mas tinha andado a sofrer com uma série de sintomas que deveriam ter alertado o pessoal médico da prisão para o desenvolvimento da doença. Pelo contrário, não lhe fizeram um diagnóstico global e emergiu uma crise médica que poderia ter resultado na entrada dele em coma diabético ou pior.”
  • Pam Africa, da MOVE, disse: “Os funcionários da prisão estão a mentir. Mumia está a ser torturado às mãos do Departamento Correccional por negligência médica. É claro para as pessoas que eles querem matar Mumia. Os presos lá dentro que questionaram o que estava a acontecer foram sujeitos a uma vingança directa pelo superintendente. Eles têm retirado os presos preocupados da unidade de Mumia, num esforço para simultaneamente esconderem e manterem essa informação crítica longe do público.”
  • Em Dezembro, em circunstâncias inquietantemente semelhantes, o preso político Phil Africa, da organização MOVE foi repentinamente hospitalizado e foram-lhe negadas visitas familiares, bem como actualizações médicas, e passada uma semana ele morreu.

A LINHA DE FUNDO:

Tal como Bret Grote escreveu hoje: “O estado continua a tentar matar Mumia – espiado pelo FBI desde que tinha 15 anos, atingido a tiro no tórax e severamente espancado a 9 de Dezembro de 1981, injustamente condenado por uma morte que não cometeu e colocado no corredor da morte, mantido em prisão solitária sob ameaça de execução durante 30 anos e agora negado cuidados médicos qualificados e elementares. Ele está vivo porque o movimento tem lutado arduamente para o manter assim. Nunca se pode confiar no governo dos Estados Unidos do Apartheid para proteger os direitos ou respeitar as vidas dos negros ou dos que estão na prisão. Nunca perdoem, nunca esqueçam. Mantenham-se alerta e prontos a agir. Libertem Mumia!”

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