Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 25 de Novembro de 2014, aworldtowinns.co.uk
Ferguson, EUA: Polícia assassino branqueado
A seguinte declaração de Carl Dix, porta-voz do Partido Comunista Revolucionário, EUA (ler em inglês/castelhano), foi emitida logo após as autoridades terem anunciado que o assassinato do jovem negro desarmado Michael Brown em Ferguson, Missouri, em Agosto passado tinha sido justificado. O termo “AmériKKKa” refere-se ao Ku Klux Klan (KKK), uma organização armada nascida para controlar os negros após o fim da escravatura – o ponto aqui é que embora o KKK ainda seja uma poderosa força reaccionária (tem andado a recolher apoio para o polícia que matou Michael Brown), essa função tem sido assumida pelo próprio estado.
A AmériKKKa tem que paralisar!
Há uma justa resistência e tu tens que fazer parte dela!!!
Por Carl Dix
O grande júri recusou-se a acusar Darren Wilson, o polícia que assassinou Michael Brown em Ferguson. Uma vez mais, um dos pistoleiros contratados por eles escapou à acusação de assassinar um jovem negro. Isto é um tiro no coração. Uma injustiça brutal e horrível em si mesmo. E uma maldita acusação da própria essência deste sistema. Foi uma declaração de que, UMA VEZ MAIS, as vidas dos negros não valem NADA para os que se sentam no topo deste império de injustiça.
E isto tem que acabar. JÁ.
A AmériKKKa tem uma longa história de opressão selvagem dos negros que vem logo desde o seu início, quando arrancaram à força os africanos para este país com grilhões de escravos. Esta opressão selvagem continuou mesmo depois de a escravatura ter sido abolida, sob a forma da segregação Jim Crow e do terror dos linchamentos por turbas. E continua em efeito ainda hoje com o encarceramento em massa e a polícia a ter luz verde para brutalizar e mesmo assassinar as pessoas. Desde que Michael Brown foi assassinado, a polícia já matou dois outros homens negros em St. Louis. Ainda no fim-de-semana passado, um menino de 12 anos foi assassinado pela polícia num recreio infantil em Cleveland.
Durante semanas, as autoridades disseram às pessoas para se manterem calmas e deixarem o sistema trabalhar. Há dias, nós ouvimo-los ameaçar lançar a polícia militarizada e a Guarda Nacional sobre qualquer pessoa que protestasse. Bem, o sistema já trabalhou – deixou mais um polícia assassino continuar em liberdade. Isto equivale a o sistema dar o seu selo de aprovação ao assassinato policial dos negros.
E é por isso que é tão correcto, tão justo e tão necessário, as pessoas se estarem a levantar! Em poucas horas, as pessoas dos bairros sociais, dos campi universitários e outras encheram as ruas com uma justa indignação e em protesto desafiador. Resistiram ao gás lacrimogéneo em Ferguson. À 1h da manhã, milhares de pessoas manifestaram-se pelo centro da cidade de Nova Iorque, desde a baixa de Manhattan ao Harlem, e bloquearam a Ponte de Triborough. Os manifestantes bloquearam auto-estradas chave em Los Angeles e Oakland. Centenas de pessoas frente à Casa Branca organizaram die-ins [deitadas no chão a fingir de mortas – NT]. Houve acções que foram de vigílias de oração a protestos de rua, em Boston, Baltimore, Seattle e outros locais.
Já não há nenhuma forma de ficar nas linhas secundárias.
A paralisação da situação do costume precisa de continuar e de ser reforçada. As pessoas precisam de se manter nas ruas. Não vão trabalhar. Saiam das escolas ou façam parar este programa genocida é o que é a verdadeira educação. As pessoas nos bairros pobres onde a policia habitualmente brutaliza e assassina precisam de fazer sentir a sua raiva através de uma massiva resistência política.
E toda a gente precisa de se unir e dizer NUNCA MAIS aos assassinatos policiais. Os atletas e músicos precisam de tomar uma posição em relação a isto. Toda a gente tem que estar de um dos lados desta luta: Estás com a polícia que assassina jovens negros e com o sistema que lhe dá um selo de aprovação aos seus actos assassinos? Ou estás com as pessoas que se estão a levantar e a dizer NUNCA MAIS a toda esta porcaria? Se não agires, estás a alinhar com o selo de aprovação que este sistema dá aos assassinatos policiais. Mas se agires, podes fazer parte da mudança de tudo isto!
O que está em jogo é o próprio mundo em que vivemos. Será que podes tolerar um mundo onde as vidas dos negros não valem nada? É muito simples. Se a tua resposta é não, faz com que a AmériKKKa paralise! E não pares até que haja justiça e o assassino de Michael Brown esteja na prisão.