Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 13 de Dezembro de 2004, aworldtowinns.co.uk
Canadá: Vitória inicial para Mahmoud Namini no caso do livro
As autoridades canadianas libertaram Mahmoud Namini sob fiança depois de semanas de encarceramento por trazer consigo cópias de um livro revolucionário iraniano.
Namini foi preso no aeroporto de Pearson em Toronto a 27 de Outubro por posse de um livro em língua farsi que relata a insurreição de Amol de 1982 dirigida pelos comunistas contra o regime reaccionário do Aiatola Khomeini. Mesmo após uma sua segunda presença no tribunal, e apesar de nenhuma acusação formal séria ter sido feita contra ele, as autoridades recusaram-se a libertar Namini e marcaram uma sessão do tribunal para um mês depois, para que o livro pudesse ser traduzido para inglês e estudado. Nessa altura, foi formado um comité de defesa e lançada uma campanha internacional. Emails, faxes e outros protestos chegaram ao gabinete do primeiro-ministro vindos do Canadá, da Europa e de muitos outros países. Uma petição foi traduzida na Colômbia e circulou nesse país e internacionalmente na Internet, entre os grupos de língua espanhola. A campanha foi agarrada por muitos grupos e personalidades progressistas iranianos e alcançou alguma proeminência em programas populares nas rádios e páginas Web em língua farsi. As autoridades canadianas acabaram por antecipar a data da terceira presença de Namini em tribunal. No dia anterior, os seus apoiantes organizaram um piquete em frente aos Serviços de Imigração de Toronto, com manifestantes a agitar cópias do livro que levara Namini à prisão.
Ele acabou por ser libertado a 1 de Dezembro. Contudo, como relata o Arsenal-express, jornal do Partido Comunista Revolucionário do Canadá (Comité Organizador), “a ‘justiça’ canadiana ainda não deixou Mahmoud Namini em paz. As autoridades canadianas acusam-no de ter mentido quando entrou no país, escondendo o facto de ter um ‘antecedente penal’ (nomeadamente os cinco anos passados como preso político no Irão). Tal como o governo holandês reconheceu que ele fora perseguido pelo regime islâmico e lhe deu o estatuto de refugiado político e a cidadania, por que não pode o Canadá fazer o mesmo?”
“É importante continuar esta campanha iniciada pelo Comité para a Libertação de Mahmoud, de modo a fazer com que o governo canadiano pare de o perseguir e abandone todas as acusações contra ele.” (Contacto: