Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 8 de Julho de 2013, aworldtowinns.co.uk

Egipto: É tempo de abandonar as ilusões

Por Samuel Albert

A intervenção militar não é “a revolução 2.0”, nem a “terceira vaga da revolução egípcia”, nem sequer um “reinício” ou um “regresso a zero” (um regresso ao momento em que o Presidente Hosni Mubarak foi forçado a demitir-se), como muitas pessoas dizem. É uma tentativa de resolver pela força disputas no seio das classes dominantes e transformar um povo rebelde em nada mais que grupos de pressão de um bando de reaccionários contra outro.

Ao contrário da insurreição de Janeiro de 2011 em que as palavras de ordem “O povo quer que o regime caia” descreviam a realidade, agora as massas populares estão claramente divididas, alinhadas ou com as forças armadas ou com a Irmandade Muçulmana. Esta situação é bastante nefasta, mas tem o potencial para ser ainda pior: um sangrento desastre em que as pessoas lutam não pelos seus verdadeiros interesses comuns, mas sim contra esses interesses e umas contra as outras, sob as bandeiras de guerra do Islão político ou da veneração das ilusões patrocinadas pelo Ocidente.

É positivo que milhões de pessoas tenham denunciado e se tenham oposto à Irmandade Muçulmana. Aqueles que falam da “legitimidade” do governo reaccionário da Irmandade, porque ela ganhou a última distracção eleitoral trapaceira, não têm uma base moral melhor que a dos generais que prometem legitimar a sua própria forma de regime reaccionário através de futuras eleições. Quando Obama adverte sobre o “estado de direito” e certos políticos norte-americanos condenam os “golpes”, isto é uma piada amarga porque os EUA sempre fizeram tudo o que julgaram necessário para defenderem os seus interesses imperiais, incluindo organizar inúmeros golpes militares.

A euforia e mesmo a intoxicação têm arrebatado milhões de egípcios, uma alegria intensa pela partida do muito justamente odiado Mohamed Morsi. Mas é terrível que, em nome da derrota da Irmandade, a maioria das forças que se auto-identificam como “revolucionárias” se tenham atirado para as mãos do exército e dos representantes políticos declarados do chamado “mercado livre” e do domínio do capital imperialista estrangeiro – a causa de raiz do sofrimento, da humilhação e da tirania contra as quais o povo egípcio se revoltou. Este é o aspecto definidor da situação.

Quaisquer que tenham sido as intenções originais dos líderes do movimento Tamarod (Rebelde), que recolheram 24 milhões de assinaturas numa petição para forçar a demissão de Morsi, eles aceitaram a liderança da oposição eleitoral, a Frente de Salvação Nacional. Eles escolheram como seus representantes Hamdeen Sabahi (o mais proeminente dos “esquerdistas” do Egipto, um autoproclamado nasserista que apoia a economia de mercado livre, o investimento estrangeiro e Israel) e Mohammed El Baradei, o principal líder daqueles que se autoproclamam liberais, correctamente retratado como representante da “comunidade internacional” (os chacais com armas atómicas que governam em Washington, Londres, Paris, etc.). Os dois homens foram enviados a negociar a saída de Morsi com o Conselho Supremo das Forças Armadas.

“Não foi o exército que tomou o poder, foi o exército que agiu em nome do povo”, declarou El Baradei depois do golpe. Infelizmente, esta inversão da realidade tem sido aceite como se fosse senso comum por milhões de pessoas que têm razões para compreender mais que isso.

De facto, isto é apenas uma reprodução das palavras dos próprios generais, que disseram na sua proclamação: “O exército egípcio não tem sido incapaz de fazer orelhas moucas ou de fechar os olhos ao movimento e às vozes das massas que apelam ao seu papel nacional, e não político, (...) para concretizar o serviço público e a necessária protecção das suas reivindicações revolucionárias”.

Este é o exército que os EUA têm andado a trabalhar para o tornar num pilar do domínio norte-americano desde que o Egipto se tornou independente da Grã-Bretanha e que o têm alimentado à mão há mais de quatro décadas. Este é o exército que fez a paz com Israel depois das repetidas invasões israelitas, que entregou a soberania do Sinai a Telavive, que traiu os palestinianos e que apenas usou o seu poder na repressão interna. Este é o exército do General Mubarak.

Este é o exército que, poucos meses depois de ter sido forçado a aceitar a queda de Mubarak, mandou os tanques limparem a Praça Tahrir em Abril de 2011, que massacrou dezenas de cristãos e outras pessoas que se manifestaram no edifício Maspero em Outubro, que enviou atiradores furtivos da polícia militar para abaterem e cegarem as pessoas que se manifestavam contra o regime militar na batalha da rua Mohammad Mahmoud em Novembro desse ano e que descarregou a sua ira sobre as mulheres nas manifestações.

Quem se pode esquecer das imagens da “rapariga de sutiã azul” a ser despida e pisada pelos polícias militares que apontavam as suas botas exactamente às “partes femininas” dela porque o crime dela era ser mulher na Praça Tahrir (Praça da Libertação) – independentemente de estar a usar um hijab e um abaya? Quem se pode esquecer do massacre no estádio de futebol de Port Said sob o olhar atento da polícia e dos militares em Fevereiro de 2012? Agora, os generais que detiveram 12 mil civis em prisões militares estão a dizer-nos que agiram em “defesa das reivindicações revolucionárias das massas”?! E quanto a uma das principais reivindicações – a de que os responsáveis por estes crimes sejam punidos?

O chefe de estado civil que eles instalaram e abençoaram é Adly Mansour, um diplomado da principal escola de treino francesa para administradores imperialistas de França e das neocolónias, um juiz de topo no tempo de Mubarak e nomeado chefe do Supremo Tribunal Constitucional pelo próprio Morsi. O primeiro-ministro dele é Hazen el-Beblawy, um economista que anunciou de imediato que o seu governo iria seguir as recomendações do FMI para cortar os subsídios governamentais a coisas como os combustíveis – uma medida com que o governo de Morsi inicialmente concordou mas que não ousou implementar.

E agora, no centro do poder está o chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas, Abdel-Fattah al-Sisi, também nomeado por Morsi. Ele é o general que defendeu as violações a dedo das mulheres manifestantes detidas (cautelosamente chamadas “testes de virgindade”) como sendo perfeitamente legítimas e necessárias porque essas mulheres tinham “passado a noite com manifestantes homens” na Praça Tahrir e que por isso “não eram iguais às vossas filhas ou à minha”, mas sim merecedoras de castigo. É este o homem e a instituição que irão defender não só as “reivindicações revolucionárias” das massas mas até mesmo o direito mais simples a se manifestarem sem serem violadas?! Se não são as próprias forças dentro do aparelho de estado que estão a organizar activamente a epidemia de violações na Tahrir, como muita gente pensa, talvez correctamente, elas estão pelo menos a encorajá-la. E a ideia delas em relação às violações – que são sempre culpa das mulheres – é idêntica à dos pregadores islamitas mais fanáticos.

É tempo de abandonar as ilusões

Se fosse verdade que o exército e os seus amigos são a única alternativa à Irmandade Muçulmana, então o futuro seria desesperante. E contudo é exactamente assim que muitos egípcios vêem a situação.

Cegas pela “política do possível”, muitas pessoas e a maioria dos que alegam liderá-los têm andado de pilar em poste à procura de uma força poderosa que supostamente possam influenciar em benefício do povo. Depois de o povo ter forçado as forças armadas a derrubar Mubarak, muitas pessoas juntaram-se à Irmandade Muçulmana para pressionarem o exército a aceitar um governo civil – numas eleições em que a vitória de Morsi era um desfecho inevitável. Seria agora útil que os egípcios e as pessoas em todo o mundo se recordassem das palavras de ordem que certas pessoas gostariam que esquecêssemos, como “Às vezes com a Irmandade, nunca com o estado”, apelando ao povo para se aliar à Irmandade e depois votar nela... para “proteger a revolução” contra o exército... que agora supostamente está a “proteger a revolução” contra a Irmandade!

A verdade é que não houve uma revolução. O exército, os serviços secretos, a polícia de choque, a polícia comum, os tribunais e a burocracia construídos por Mubarak mantiveram-se essencialmente intactos sem ele. Esta estrutura de poder representa em última análise as relações económicas num país cujo desenvolvimento capitalista o tornou ainda mais profundamente dependente do capital estrangeiro e do mercado internacional controlado pelos imperialistas. O estado, a lei e o “estado de direito” não são neutros. Eles representam os interesses de uma classe dominante que não pode fazer o país romper com o domínio estrangeiro e com o atraso que lhe é imposto.

Os muitos milhões de pessoas que saíram às ruas contra Morsi têm razão em considerarem intolerável e inaceitável o domínio islâmico. Na Turquia, a acção do AKP para islamizar cada vez mais o país mostrou que mesmo o “Islão light” é insuportável, porque o Islão político tem a sua lógica própria. Morsi não pôde satisfazer as reivindicações de “Pão, liberdade e justiça social”, portanto como é que podia manter a “legitimidade” a não ser alimentando as pessoas à força com religião até elas sufocarem? Mas o que serão os liberais capazes de oferecer a não ser as mesmas políticas económicas e sociais do tempo de Mubarak... e de Morsi... e, para sermos directos, as imposições (e o regime) do FMI?

Muitos egípcios consideram a queda de Morsi um golpe no domínio norte-americano. Muito se tem dito sobre as boas relações entre a Irmandade e a “mãe”, como os EUA são conhecidos nos círculos governamentais egípcios. Muito também se tem dito sobre o alegado mal-estar do governo de Barack Obama em relação à tomada do poder pelas forças armadas. Algumas pessoas apoiam o golpe de estado como um golpe contra “a ditadura fascista EUA-Morsi”.

Mas, uma vez mais, isto é tão unilateral quanto ilusório. A Irmandade foi posta no governo não para destruir a estrutura do estado mas para a salvar tanto quanto possível. Os EUA teriam preferido que o regime de Mubarak durasse para sempre, mas essa opção tinha desaparecido, e os EUA tiveram de fazer o melhor que puderam com o que tinham. Mas a aliança Irmandade-Forças Armadas era inerentemente instável e os islamitas não podiam ficar contentes com a sua posição subordinada e tentaram colocar a gente deles em postos chave. À medida que a situação evoluiu, os governantes dos EUA defrontaram-se com novas necessidades e possibilidades. O Secretario norte-americano da Defesa, Chuck Hagel, esteve ao telefone com Sisi várias vezes ao dia durante a última semana de Morsi, e a Conselheira de Obama para a Segurança Nacional, Susan Rice, telefonou ao presidente egípcio para lhe dizer que ele estava de saída. “A mãe acaba de nos dizer que iremos deixar de jogar daqui a uma hora”, escreveu um adjunto de Morsi num SMS.

A ideia generalizada de que a ascensão do Islão político, e sobretudo da Irmandade Muçulmana, é essencialmente um complô norte-americano é errada. Uma visão tão não-dinâmica conceptualiza o fundamentalismo religioso como externo às sociedades em que está a florescer, ou basicamente como um truque que os capitalistas impuseram a massas inerentemente ignorantes.

É verdade que o sucesso do Islamismo historicamente deve muito ao dinheiro das monarquias do Golfo, a operações encobertas israelitas e ao apoio dos EUA e outras potências ocidentais que no passado tinham como objectivo oporem-se à influência soviética e aos movimentos genuinamente revolucionários. Além disso, os imperialistas são muito capazes de fazerem uso de todo o tipo de reaccionários e mesmo de forças rivais quando necessário. Isto deve ser salientado e denunciado em detalhe, e repetidamente.

Mas a recepção global do Islamismo também se deveu às condições objectivas criadas pelos mecanismos do domínio imperialista que também não são externas a esses países. Pelo contrário, provocaram profundas e prolongadas transformações económicas, sociais e culturais, motivadas pelo desenvolvimento global do capitalismo e pela divisão do mundo em países capitalistas monopolistas avançados e em países dependente deles, e portanto dominados por eles.

Isto levou à ascensão de novas forças capitalistas que, ao mesmo tempo que procuram entrar no sistema imperialista mundial, recorrem a relações sociais, tradições e crenças enraizadas no passado, e a outras características retrogradas da sociedade.

Além da sua associação a um dos financeiros mais ricos do Egipto e a grandes homens de negócios, a força da Irmandade Muçulmana concentra-se entre as classes abastadas (mas certamente não se limita a elas), sobretudo entre os profissionais. Muitos deles trabalharam nos estados do Golfo (muitas vezes tendo estudado engenharia, etc., com esse objectivo) e regressaram ao país com dinheiro, treino religioso e uma admiração pelos estados do Golfo que aparentam ter conseguido preservar a sua identidade cultural, tornando-se muito ricos e modernos sem se terem tornado demasiado ocidentais. A relação entre o Qatar e a Irmandade não é apenas de apoio financeiro; esse estado do Golfo serve de modelo das suas aspirações.

O rápido desenvolvimento capitalista do Egipto também produziu uma profunda deslocação social e ideológica entre as massas dos estratos mais baixos, as quais são atraídas para as cidades mas que na realidade não têm um lugar na sociedade moderna. O seu sentimento de serem os oprimidos e excluídos dessa sociedade é ainda mais forte porque elas são os que estão do lado de fora a ver as montras das lojas, os ecrãs de televisão e os monitores dos computadores.

Entre todas essas diferentes classes há um rejeição muito forte da hipocrisia ocidental – da qual o apoio norte-americano ao golpe de estado em nome da “democracia” é mais um exemplo – e um sentimento de humilhação a vários níveis (reflectido na exigência de “Dignidade”) para o qual o Islão é supostamente a solução.

A ascensão do Islão político é um fenómeno global que exprime estas contradições incrustadas no próprio sistema imperialista mundial, e tem sido sobretudo um problema para os EUA. É esse o caso em particular com a sua variante jihadista antiocidental, mas assim que a religião é aceite como fonte de legitimidade política e de direito moral, então os limites entre as diferentes versões tornam-se porosos e imprevisíveis – tal como vimos na Arábia Saudita e agora no Egipto.

Muitos egípcios vêem o regime da Irmandade como uma ameaça imediata ao seu modo de vida. Eles querem acesso à cultura global. A internet tem uma importância especial para eles porque ela os liga ao mundo. Eles querem muito justamente poderem exprimir-se livremente, viver o seu próprio estilo de vida e não ser asfixiados. Eles têm razão em considerar inaceitável o domínio religioso. Mas precisam de compreender que a ideologia e o sistema político promovidos pelos governantes dos países imperialistas representam um sistema mundial de exploração e opressão. Em parte devido à sua posição relativamente privilegiada, eles têm propensão a uma crença no “mercado livre” que na realidade tem esmagado a vasta maioria do povo, e a correspondente crença na democracia capitalista ao estilo ocidental e no seu sistema de eleições que nunca resultou numa mudança fundamental no Egipto nem em nenhum outro lado. Eles precisam de compreender que apelarem aos governos ocidentais para os salvarem dos islamitas – por exemplo, com as palavras de ordem “Os EUA estão a financiar os terroristas no Egipto” (o regime de Morsi) – é um grande erro político e moralmente inaceitável.

Algumas pessoas não suportam a ideia de que uma intervenção das forças armadas possa ser chamada de golpe de estado porque pensam que lhes pode trazer liberdade. Mas liberdade para quem, e para quê? O que está de facto a ser prometido, a não ser talvez mais eleições para “legitimarem” a vergonhosa subjugação do país e das suas mulheres e homens?

O que é que têm os liberais para oferecer às massas empobrecidas a não ser desprezo e repressão? El Baradei disse: “Se o exército não intervier, há um risco de revolta dos pobres que seria um desastre”. Será que isto não significa que ele pretende que os pobres continuem a sofrer o desastre e que por isso tem medo deles? E quanto à questão da opressão das mulheres e de impor ou lutar pela abolição do sistema patriarcal que se tornou num tema central no Egipto (tal como noutros países árabes e em todo o globo), há uma unidade entre todas as forças reaccionárias para manter o sistema patriarcal. Para sua vergonha, quase toda a “esquerda” está bem com isso e culpa o atraso do povo em vez do seu próprio atraso.

Onde estão os interesses comuns da grande maioria do povo em tudo isto? Onde estão o pão, a liberdade e a justiça social? Onde está a revolução?

Dois futuros possíveis

A disputa entre ideologias e representantes políticos rivais é parte do que está por baixo das divisões nas classes dominantes do Egipto. Mas este processo não pode ser reduzido, por exemplo, a El Baradei contra a Irmandade. Há forças islamitas dos dois lados, e o próprio exército egípcio está altamente islamizado (a mulher do General Sisi usa um niqab, uma importação do Golfo que não tem nenhuma raiz na cultura egípcia). E cada uma das correntes alimenta-se da outra – os crimes de cada uma levam as pessoas para os braços da outra.

Além disso, a esperança amplamente assumida de que os acontecimentos no Egipto mostram o declínio do Islão político na região é uma fantasia. Exactamente porque são os EUA e outros imperialistas que dominam e oprimem o mundo, na medida em que as pessoas não conseguem ver nenhuma alternativa a não ser tomarem partido entre os islamitas e as forças pró-ocidentais, a actual situação no Egipto poderá, em última análise, fortalecer os islamitas em todo o lado.

Vimos na Argélia como um golpe de estado das forças armadas contra um partido islamita à beira de ganhar as eleições de 1991 conduziu a mais de uma década de guerra civil. O efeito desses anos ainda pesa sobre o povo argelino. O pior disto foi que o exército e os vários grupos islamitas armados não só se combateram entre si na sua rivalidade reaccionária, como todos eles destruíram aldeias inteiras, bairros urbanos e estratos sociais (ambos os lados odiavam particularmente os intelectuais) numa competição sobre quem podia espalhar mais terror. Será isto um exemplo de um exército pró-ocidental e laico que salva o povo do Islamismo, “concretizando o serviço público” e “protegendo o povo”?

E depois há o cenário da Síria, onde o que se transformou numa guerra civil entre forças reaccionárias resultou numa catástrofe ainda maior. Mesmo assim, algumas pessoas tentam aplicar a “política do possível”, esperando encontrar aliados – ou protecção – seja entre as forças do regime ou a oposição dominada pelos islamitas.

Os elementos favoráveis no Egipto de hoje incluem o desejo e a determinação de milhões de pessoas a não viverem da forma antiga, e o facto de nenhum dos inimigos do povo ter conseguido impor uma “estabilidade” reaccionária e sufocante. Há divisões na classe dominante e as questões essenciais da ideologia e da legitimidade estão no ar.

Mas as massas populares irão procurar refúgio sob uma ou outra asa reaccionária da classe dominante até que, e a menos que, emerja uma verdadeira alternativa. Isto requer uma nova liderança que possa identificar correctamente os amigos e os inimigos. Com base nisso, ela pode começar a unir e a mobilizar vastos sectores das massas de diferentes estratos para derrotarem esses inimigos e tomarem e exercerem o poder de estado para transformarem o país e o seu povo e, em última instância, o mundo. Isto requer a convergência de um grupo de pessoas com essa visão, um plano para o tornar real e uma ousadia e uma determinação de base cientifica para superar os obstáculos e concretizar tarefas muito difíceis. Há, no mundo de hoje, a teoria comunista revolucionária que pode ser aplicada para tornar isto possível. Tão difícil quanto ela possa ser, qualquer outra solução é uma ilusão.

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