Da edição online, de 23 de janeiro de 2017, do jornal Revolution/Revolución, voz do Partido Comunista Revolucionário, EUA (revcom.us/a/475/womens-march-january-21-2017-en.html em inglês e revcom.us/a/475/el-dia-despues-de-la-inauguracion-millones-marchan-determinados-a-luchar-contra-trump-es.html em castelhano)

 

No dia seguinte à tomada de posse

Nos EUA e em todo o globo, milhões de pessoas manifestaram-se decididas a lutar contra Trump

Washington, DC
Washington, DC
Washington, DC
Washington, DC
Washington, DC
Washington, DC
Washington, DC
Washington, DC

Uma e outra vez, Trump deixou muito claro o ódio e o absoluto desprezo dele pela humanidade das mulheres. No seu discurso de tomada de posse, este monstro patriarcal nem sequer mencionou nada que tivesse a ver com a opressão das mulheres, com a discriminação de metade da população. Disse umas vulgaridades sobre como “quando se abre o coração ao patriotismo, não há lugar para o preconceito”. Depois falou sobre os “grandes homens e mulheres das nossas forças armadas” e sobre como “quer sejamos pretos ou castanhos ou brancos, todos sangramos o mesmo sangue vermelho de patriotas, todos desfrutamos das mesmas liberdades gloriosas e todos saudamos a mesma grande Bandeira Americana”. (Ver “Trump e a verdadeira realidade das mulheres nas forças armadas norte-americanas”, em inglês)

Milhões e milhões de pessoas temem profundamente que Trump e todo o regime fascista dele – se não forem parados – venham a fazer cair um horror sobre as mulheres – e sobre toda a gente! E para milhões de mulheres e homens, o dia 21 de janeiro foi o dia para falarem – para desafiarem o regime de Trump em torno dos direitos da mulher, dos direitos humanos. As pessoas saíram às ruas para exprimirem a determinação de lutarem pelo acesso das mulheres ao aborto e aos direitos reprodutivos e a necessidade de defenderem o Planeamento Familiar. Muitas vieram para falar sobre os direitos dos imigrantes, contra os cruéis ataques de Trump aos imigrantes e contra o plano dele de registar os muçulmanos. Em Washington, DC, a cantora e atriz Janelle Monae concentrou os sentimentos de muitas pessoas quando falou sobre os assassinatos policiais e liderou a multidão num coro de “Sandra Bland! Digam o nome dela!”

Na preparação para esse dia, os organizadores da marcha listaram mais de 670 eventos planeados para os Estados Unidos e para outras 70 cidades em todo o mundo. As estimativas são de que perto de 4 milhões de pessoas se manifestaram em centenas de cidades e vilas em todos os Estados Unidos e de que mais de 250 mil protestaram em cidades de outros países. As pessoas saíram às ruas em cidades importantes, bem como em muitas, muitas pequenas cidades e vilas. Saíram às ruas em números SEM PRECEDENTES – o que sublinha o facto de que milhões e milhões e milhões de pessoas realmente ODEIAM Donald Trump e o que todo o regime dele representam.

Os sentimentos nas multidões – pessoas de todas as idades e nacionalidades, homens e mulheres – refletiam-se nos cartazes e nos coros: ódio a Trump; medo de que os direitos das mulheres e de outros venham a ser retirados; e uma determinação em lutar contra o que o regime de Trump irá fazer cair sobre as pessoas.

“Não gostamos daquele tipo na Casa Branca... não estamos a brincar”
“Tirem as vossas leis do meu corpo”
“Estou aqui pelo meu futuro”
“Trampa para o Trump”
“Hitler não é o meu presidente”
“Há um momento em que o silêncio é traição”
“Não nos vamos embora”

Em Washington, DC, 500 mil pessoas; pelo menos 200 mil na Cidade de Nova Iorque; 250 mil em Chicago; 100 mil em Denver; 125 mil em Boston; mais de 500 mil em Los Angeles; mais de 100 mil na Zona da Baía de São Francisco; 25 mil em San Jose; 50 mil em Filadélfia; 50 mil em Seattle; 75 mil em Portland, Oregon; 22 mil em Houston; St. Louis; Columbia, Carolina do Sul; Park City, Utah [no Festival de Cinema Sundance]; Mineápolis, Minnesota; Pittsburgh, Pensilvânia; Albany, Nova Iorque; Sacramento, Califórnia; Nashville, Tennessee; Raleigh, Carolina do Norte; Ithaca, Nova Iorque; San Antonio; Hartford, Connecticut; 20 mil em Phoenix; 15 mil em Cleveland; 60 mil em Atlanta; Juneau, Alasca; e em todos os estados do país.

Manifestações de solidariedade com a manifestação de Washington, DC, tiveram lugar em todos os continentes, em países que incluíram: Aukland, Nova Zelândia; Nairobi, Quénia; Cidade do México; Berlim, Frankfurt e Munique na Alemanha; Londres, Liverpool e Manchester na Grã-Bretanha; Belfast, Irlanda do Norte; Edimburgo, Escócia; Paris; Barcelona, Espanha; Bruxelas, Bélgica; Dublin, Irlanda; Budapeste, Hungria; Acra, Gana; Cidade do Cabo, África do Sul; Praga, República Checa; Genebra, Suíça; Bristol, Grã-Bretanha; Roma, Itália; Marselha, França; Kolkata, Índia; Banguecoque, Tailândia; Sydney, Austrália; Melbourne, Austrália; Atenas, Grécia; Florença, Itália; Oslo, Noruega; Lisboa, Portugal.

 

Da edição online, de 23 de janeiro de 2017 e atualizada a 24 de janeiro, do jornal Revolution/Revolución, voz do Partido Comunista Revolucionário, EUA (revcom.us/a/475/the-world-changed-this-weekend-en.html em inglês e revcom.us/a/475/el-mundo-cambio-este-fin-de-semana-es.html em castelhano).

O mundo mudou este fim de semana

Em primeiro lugar, Donald Trump deixou claro num discurso de tomada de posse sem precedentes e depois numa visita à CIA igualmente sem precedentes que se está a mover muito rapidamente para um reordenamento fascista da sociedade.

Em segundo lugar, milhões de pessoas nos EUA e em todo o mundo saíram às ruas em manifestações igualmente sem precedentes para deixarem claro a sua aversão a tudo o que Trump representa.

O mundo mudou, mas tem de mudar ainda mais. O tempo é pouco. Assim que este reordenamento fascista se instalar, a resistência e a mudança tornam-se incomensuravelmente mais difíceis.

Não devemos perder o impulso. Entrem em ação, em Washington, DC, e em todo o lado.

A nossa Resistência deve atrair ainda mais pessoas de regresso às ruas. Para parar este regime, temos de parar a situação do costume esta semana. Todas as fações na estrutura do poder têm de se sentir compelidas a responder ao que nós, o povo, fazemos. Isto poderia forçar uma situação política em que o regime de Trump e Pence seja impedido de se consolidar, e em que poderia ser afastado.

 
Los Angeles, Califórnia
Los Angeles, Califórnia
Cidade de Nova Iorque
Cidade de Nova Iorque
Cidade de Nova Iorque
Cidade de Nova Iorque
Atlanta, Geórgia
Atlanta, Geórgia
Boise, Idaho
Boise, Idaho
Nashville, Tennessee
Nashville, Tennessee
Park City, Utah
Park City, Utah
Filadélfia, Pensilvânia
Filadélfia, Pensilvânia
Pittsburgh, Pensilvânia
Pittsburgh, Pensilvânia
Sioux Falls, Iowa
Sioux Falls, Iowa
Springfield, Missouri
Springfield, Missouri
Chicago, Ilinóis
Chicago, Ilinóis
Sacramento, Califórnia
Sacramento, Califórnia
Londres, Grã-Bretanha
Londres, Grã-Bretanha
Cidade do México, México
Cidade do México, México
Montreal, Canadá
Montreal, Canadá
Estocolmo, Suécia
Estocolmo, Suécia
Toronto, Canadá
Toronto, Canadá
Vancouver, Canadá
Vancouver, Canadá
Marcha de Professores, Edimburgo, Escócia
Marcha de Professores, Edimburgo, Escócia
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