Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 6 de abril de 2019, aworldtowinns.co.uk
Contingente revolucionário na manifestação do Dia Internacional da Mulher em Berlim
Um estimulante concerto internacionalista de solidariedade com a luta das mulheres iranianas contra o uso forçado do hijab (lenço islâmico para a cabeça) teve lugar em Berlim a 9 de março, organizado por apoiantes do novo comunismo de Bob Avakian e pelo Osyan, um coletivo clandestino de mulheres no Irão. No dia anterior, Dia Internacional da Mulher, recentemente declarado feriado oficial em Berlim, os organizadores lideraram um contingente revolucionário muito multinacional e multilingue, participando assim num novo desenvolvimento, dados os acontecimentos do passado ocorridos localmente no Dia Internacional da Mulher, uma manifestação apaixonante de cerca de 10 mil mulheres e homens, num contexto de crescimento do fascismo no país. As atuais ofensivas ideológicas, jurídicas e físicas contra as mulheres e contra os imigrantes são duas lanças de um impulso para tornar o país mais “alemão”, forçando as “nossas” mulheres a regressarem ao papel tradicional delas como “donas de casa” e produtoras de bebés e aterrorizando ou simplesmente livrando-se daqueles que forem definidos como “estrangeiros”.
Os três principais panos erguidos pelo contingente, “Apoiamos a Revolta das Mulheres Iranianas contra o Uso Forçado do Hijab”, “Abaixo o Imperialismo, Abaixo a República Islâmica do Irão, Lutar por Uma Nova República Socialista no Irão”, assinados pelo Partido Comunista do Irão (Marxista-Leninista-Maoista), e “A Humanidade Precisa da Revolução e do Novo Comunismo!” (com uma imagem de Bob Avakian), juntamente com a agitação feita por um caminhão de som, desencadeou polémica, interesse e discussões entre os participantes em geral da manifestação, predominantemente estudantes do ensino secundário e universitário e jovens profissionais da saúde e de outros setores, muitos dos quais eram recém-chegados às ações de rua. Nas semanas anteriores, os organizadores tinham feito agitação por toda a cidade, em centros de refugiados, reuniões feministas e outros locais, para divulgar o novo comunismo.
O concerto inclui uma atuação de Shakib Mosadeg, vocalista de uma banda rock popular no Afeganistão, que em 2010 foi interrompido a meio de um concerto e forçado a fugir para o exílio. Desde então, os vídeos dele no YouTube e os espetáculos ao vivo na Europa fizeram dele um favorito entre os jovens que falam farsi [a língua persa] e outras pessoas no Irão, no Afeganistão e noutros países. Além de retomar hinos revolucionários internacionais tradicionais como o “Bella Ciao”, que agora desfruta de um ressurgimento entre os jovens rebeldes na Europa, cantou as suas próprias canções, de uma perspetiva amplamente humanista, que têm como alvo a guerra imperialista e todas as formas de injustiça e opressão, como a destruição do país dele pelas potências ocidentais (entre as quais os EUA e a Alemanha), o tormento dos milhões de refugiados forçados a fugir das suas terras e a opressão das mulheres em todo o mundo. O concerto também incluiu cerca de meia hora de trechos de Stepping into the Future [Avançando para o Futuro], o filme do evento cultural que marcou o lançamento do livro BAsics [O BÁsico], de Bob Avakian. Também houve mesas de literatura que entre outras coisas divulgavam o livro O Novo Comunismo, de Bob Avakian, em farsi, inglês e espanhol, bem como a recém-publicada edição em turco.