Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 14 de maio de 2018, aworldtowinns.co.uk
Grupo Comunista Revolucionário, Colômbia, sobre o 1º de Maio:
O mundo precisa de uma verdadeira revolução e do novo comunismo! E nada menos!
O texto original em castelhano do seguinte comunicado do Grupo Comunista Revolucionário (GCR), Colômbia, está disponível em www.acgcr.org.
O mundo atual é um mundo de miséria, guerras, destruição do meio ambiente, de uma brutal opressão das nacionalidades minoritárias em todos os tipos de países, um mundo em que metade da humanidade, as mulheres, está sujeita a uma degradação e opressão sob formas horríveis. Estamos a aproximar-nos de uma encruzilhada chave. No país mais poderoso do planeta, que molda em grande parte o que está a acontecer no mundo, foi entronizado com Trump e Pence um regime fascista que está a estabelecer uns Estados Unidos fascistas. Esse regime e os seus poderosos patrocinadores podem destruir o estado de direito da democracia burguesa e eles estão a manobrar para impor esses Estados Unidos fascistas ao mundo. O regime de Trump e Pence está a cozinhar uma grande guerra… isto está nos objetivos deles e é isto que eles estão a planear (as “reaproximações” na península da Coreia e no Médio Oriente fazem parte do ritual da guerra). Qualificar este regime de fascista não é para mobilizar as pessoas através de exageros para as horrorizar. O horror que Trump representa não é apenas mais uma “oscilação do pêndulo”. O que enfrentamos é um REGIME e não simplesmente a pior de todas as administrações reacionárias ianques (sejam democratas ou republicanas). É um regime que está a reestruturar radicalmente a sociedade com um rumo fascista.
Nesta encruzilhada, o que está em jogo é o futuro da humanidade. O regime de Trump e Pence enfrenta a necessidade – nos Estados Unidos e a nível internacional – de reestruturar radicalmente a forma de governo e as relações internacionais, fazendo em migalhas as normas democráticas habituais que têm legitimado o sistema capitalista-imperialista aos olhos da maioria das pessoas. Eles já avançaram bastante na conversão em leis do seu programa fascista de “Os Estados Unidos em primeiro lugar” e de “Fazer com que os Estados Unidos voltem a ser grandiosos”. O perigo de guerra, potencialmente de uma guerra nuclear, e de que este regime adote de seguida e “à martelada” novas leis mais draconianas que eliminem direitos civis e democráticos, significa que deve haver uma verdadeira urgência nos esforços dos revolucionários para organizarem e criarem uma unidade mais ampla. Em cada país e com os revolucionários e anti-imperialistas que, juntamente com outros combatentes nas próprias “entranhas da besta”, estão a reforçar a organização Recusar o Fascismo (RefuseFascism.org).
O facto de este regime fascista se consolidar é um pesadelo não só para o povo norte-americano, mas para o mundo. Mas há uma maneira de lhe pôr fim, um caminho que requer coragem, convicção e determinação. Sim, há muito em jogo, mas, como salienta a Recusar o Fascismo: “Este pesadelo tem de terminar, é preciso expulsar o regime de Trump e Pence! Em nome da humanidade, RECUSAMO-NOS a aceitar uns Estados Unidos fascistas!” Isto não significa, de maneira nenhuma, a defesa do regime capitalista-imperialista do costume.
De maneira nenhuma é um exagero salientar que a tendência para a deslocação para a direita no mundo se tem vindo a consolidar rapidamente. Em França, na Alemanha, na Grécia, na Polónia, na Ucrânia, nas Filipinas, etc., as forças de extrema-direita – que sim, são realmente fascistas – obtiveram uma força inusitada (escorada também no fundamentalismo religioso), chegando mesmo a tomar as rédeas do poder em demasiados casos. A estupidez de acreditar que é uma simples aparência “porque Lenine o disse há mais de um século” só pode acontecer a pessoas descerebradas que chegam a afirmar que o que há hoje na realidade é “um vertiginoso (!) crescimento das forças da revolução”, visando gerar otimismo com mentiras piedosas.
Hoje, a humanidade tem a possibilidade real, mas não a garantia, de construir um mundo radicalmente diferente. Um mundo em que seja eliminada a milenar divisão das pessoas em classes que tem submetido a maioria da humanidade à exploração e opressão por um punhado de privilegiados. Um mundo sem imperialismo e sem guerras. Um mundo onde não existam fronteiras entre os países. Um mundo onde as mulheres não sejam estupradas, degradadas e assassinadas e em que de facto participem plenamente nas transformações sociais. Um mundo onde a arte e a cultura não degradem nem adormeçam, mas que alimentem a imaginação. Um mundo onde se valorize a dissidência e a luta pelo conhecimento da verdade e onde se utilize o método científico para se compreender e transformar a natureza e a sociedade.
Mas a grande maioria das pessoas não vê essa possibilidade como realizável devido ao próprio funcionamento do capitalismo-imperialismo (que, nalguns países oprimidos, se entrelaça com diferentes formas e graus de feudalismo). O capitalismo-imperialismo oprime e sufoca o espírito, mantém as pessoas na superstição e na ignorância. E promove isto mesmo entre pessoas com formação universitária. O pós-modernismo, o relativismo e a política de identidade, por exemplo, desarmaram as pessoas, limitando-lhes a capacidade de compreenderem a realidade, de procurarem a verdade, ao lhes negar a própria existência da verdade.
O que temos de fazer hoje para vencer esta dificuldade não é gerar otimismo com “pós-verdades”. É necessário mudar a situação, mudar o terreno para que se produzam alterações nas condições políticas que são realmente importantes para a humanidade. É necessário trabalhar para que mais pessoas, milhões de pessoas, coloquem no centro a possibilidade e a necessidade da revolução, para que tenham consciência do que uma revolução pode realmente atingir face a tudo o que aflige a humanidade hoje. E, para isso, as pessoas têm de saber que a ciência libertadora do comunismo – depois de finalizada a primeira etapa das revoluções na década de 1970 – foi desenvolvida por Bob Avakian, que a colocou sobre uma base mais firmemente científica. Elas têm de se ligar à obra que ele desenvolveu, a nova síntese do comunismo (e não descartá-la por causa das mentiras urdidas pelos contrarrevolucionários de todos os tipos).
O novo comunismo, desenvolvido por Avakian, é a ciência, a estratégia e a liderança para uma verdadeira revolução e para uma sociedade radicalmente nova na via para a verdadeira emancipação. É a ferramenta chave para combater o sistema e transformar o povo para a revolução. A base para transformar o mundo e ir mais além das estruturas económicas, políticas e sociais que hoje tão brutalmente destroem vidas e esmagam espíritos está na capacidade produtiva e na tecnologia, na criatividade e no conhecimento das pessoas. Para libertar esse potencial, é necessário compreender a complexa realidade do mundo tal como ela é realmente, a fim de descobrirmos os caminhos para uma mudança fundamental através de uma abordagem estratégica para uma verdadeira revolução e uma sociedade radicalmente nova, rumo à emancipação humana. Isto concentra o desenvolvimento do novo comunismo de Bob Avakian.
A nova síntese do comunismo encarna o maior avanço na verdadeira revolução comunista e o potencial para se avançar ainda mais, para que ela se conecte muito amplamente na sociedade e transforme o terreno político, para que se concretizem mudanças significativas nas condições políticas; para que as pessoas vejam pela primeira vez ou de novos ângulos a questão do comunismo e que entrem seriamente na questão de saber se um outro mundo é possível e se, de facto, o que o comunismo representa é, como nós consideramos, “uma alternativa concreta, uma alternativa real e viável pela qual se pode e deve lutar, com uma perspetiva real – não uma garantia, mas uma perspetiva real – de vencer e uma orientação séria para nos esforçarmos para vencer e estarmos determinados a vencer, a fim de realmente criarmos um outro mundo que seja verdadeiramente emancipador para as massas de oprimidos no mundo que sofrem terrivelmente sob este sistema e, em última instância, para que a humanidade no seu conjunto possa passar a uma era completamente nova, livre do que a vem agoniando desde há séculos e milénios até hoje: as relações de exploração e opressão e toda a ignorância, superstição e ideias erradas sobre a realidade que as têm acompanhado e reforçado.” [O QUE A HUMANIDADE NECESSITA: A revolução e a Nova Síntese do Comunismo, Bob Avakian, 1 de outubro de 2012]
A situação no mundo clama pela revolução. Mas não uma revolução qualquer, nem com uma liderança qualquer. Avakian fez avanços quanto à estratégia para uma verdadeira revolução. Como autor da constituição para o futuro estado socialista, ele desenvolveu uma conceção radicalmente nova do socialismo, como sociedade que é muito mais libertadora e que além disso se encaminha para o comunismo. E em relação ao internacionalismo, ele desenvolveu a compreensão de que, para emancipar toda a humanidade das grilhetas do imperialismo, o mundo inteiro está em primeiro lugar. O desafio que os revolucionários e as massas populares enfrentam é enorme. Como corretamente salientou recentemente o jornal Revolution/Revolución (revcom.us): “Nós, os comunistas revolucionários, devemos representar e falar em nome dos interesses de toda a humanidade, com base na ciência e nada menos. Nessa base, de facto, podemos ter muita certeza ao afirmar que o que a humanidade necessita, mais do que qualquer outra coisa, é um mundo comunista, alcançado através de um processo de revoluções (do tipo correto) para estabelecer sociedades socialistas (do tipo correto) como transição e caminho, e uma base para se avançar, para esse mundo comunista. Assim, não estamos a lutar apenas pelo comunismo, mas pelo tipo correto de comunismo, pelo NOVO COMUNISMO.”
É verdade que não há nada que seja mais importante de alcançar neste período da história do que conseguir superar alguns desses obstáculos e fazer com que o Novo Comunismo seja amplamente conhecido, explorado e apreciado em toda a sociedade (e entre todos os estratos sociais) e em todo o mundo, bem como o seu arquiteto, Bob Avakian (o responsável pelo desenvolvimento e pelo avanço desta nova síntese do comunismo, e que é em si mesmo uma expressão concentrada dos seus princípios fundamentais e métodos científicos). E também é muito verdade que “se não conseguirmos fazer ISTO – se não conseguirmos fazer os avanços qualitativos e quantitativos na realização DESTA missão – então, muito pouco resultará de tudo o que temos vindo a fazer ao longo das últimas décadas, ou que continuamos a fazer hoje.”
É necessário que muitos, muitíssimos, de vocês (que estão a ler este comunicado) se interessem e contribuam para a criação de uma situação em que muitas mais pessoas conheçam Bob Avakian e o que ele desenvolveu, em que muitas mais pessoas discutam, debatam, questionem e explorem o novo comunismo. Que muitos, muitíssimos, de vocês coalesçam numa força real – com uma crescente influência na sociedade. Isto sim (e não um otimismo oco baseado em pós-verdades ou em verdades políticas), seria um bom presságio para a possibilidade de o novo comunismo se propagar e ganhar raízes a uma escala sem precedentes no próximo período.
NÃO a Trump, NÃO a Pence, NÃO a uns Estados Unidos fascistas! NÃO à agressão imperialista à Síria! NÃO à agressão sionista e imperialista à Palestina! NÃO à intervenção imperialista na Venezuela!
Romper as grilhetas, libertar a fúria das mulheres como poderosa força para a revolução!
Afastar as ilusões constitucionais, preparar uma verdadeira revolução! Não votar!
Preparar as mentes, organizar forças, preparar o terreno para a revolução!
O que a humanidade necessita é a revolução e a nova síntese do comunismo, de Bob Avakian!