Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 18 de Novembro de 2013, aworldtowinns.co.uk

O seguinte comunicado foi emitido pelo Partido Comunista do Irão (Marxista-Leninista-Maoista). Desde então, a República Islâmica do Irão tem prosseguido esta onda de execuções no Curdistão e noutras regiões do Irão (cpimlm.com).

Habibullah Golparipour, um jovem activista curdo que estava numa prisão da República Islâmica há três anos, foi executado a 23 de Outubro de 2013 em Orumieh, no noroeste do Irão, e perdeu a sua preciosa vida. Acusado de actividades anti-regime e de ligações a grupos anti-regime, ele estava na prisão desde Outubro de 2009, na sequência da insurreição que explodiu após as eleições presidenciais. Ele sofreu as difíceis condições que os mercenários do regime criaram aos prisioneiros, incluindo intensas torturas e longos períodos passados em isolamento. Mas ele não cedeu perante as brutalidades do regime.

Ao mesmo tempo, foi noticiado que 16 presos políticos baluchis foram executados a 26 de Outubro em represália pela morte, no dia anterior, de 18 mercenários do regime em Saravan (uma cidade da Província de Sistan-Baluchistão, no Irão, na fronteira com o Paquistão e o Afeganistão). Este não foi o primeiro destes crimes do regime e não será o último. O Irão é uma prisão de nações. A opressão nacional é um importante pilar deste regime e continuaremos a testemunhar estes crimes enquanto as classes exploradoras estiverem no poder. Há uma longa lista de jovens das províncias do Curdistão, Baluchistão e Khuzestão à espera de serem executados e, ao mais leve sinal de agitação nessas regiões, alguns deles serão enforcados.

Na sequência do incidente de Saravan, Hassan Rouhani, o novo presidente do Irão, o pretenso campeão da “flexibilidade heróica”, encarregou o Ministério do Interior de formar uma comissão especial, em cooperação com as forças de segurança, para defrontar os “rebeldes”. Além disso, o procurador-geral de Zahedan (a capital da província do Sistan-Baluchistão) justificou as execuções dizendo: “Nós avisámos que iríamos retaliar!” [A BBC reportou que não havia nenhuma evidência de que qualquer dos executados tivesse alguma ligação à morte dos guardas fronteiriços.]

À medida que o regime islâmico continua a exibir a sua “flexibilidade heróica” ao Ocidente, também está a incrementar a sua opressão e os seus crimes, incluindo as execuções de jovens, e a pobreza do povo está a ficar ainda mais profundo. Esta é a reacção interna do regime à crise no Médio Oriente. Não há dúvida que estes actos criminosos são indícios da bancarrota e do fracasso de um regime totalmente podre que está à espera de prolongar a sua vida repugnante um pouco mais de tempo.

A luta das nações oprimidas contra a opressão nacional demonstrará uma vez mais que o regime islâmico irá recolher o que tem semeado.

A crueldade e os brutais planos do regime não devem e não irão ficar sem resposta. Apelamos aos trabalhadores, aos estudantes, às mulheres e aos jovens a converterem as cerimónias de homenagem a Habibullah Golparipour e outros mártires em denúncias dos crimes do regime. Esta luta deve ser transformada num efervescente cenário político. Só com uma verdadeira revolução independente dos imperialistas e reaccionários poderemos dar a estes crimes a resposta que eles merecem. Os planos perversos do regime islâmico têm mais que nunca os sinais da sua fragilidade. Têm os sinais dos sangrentos eventos e batalhas de fazer estremecer a terra que estão a caminho, batalhas essas que deveriam pôr a violência revolucionária na agenda para ajustar contas com os reaccionários islâmicos e derrubar o sistema de estado deles, com o objectivo de criar uma sociedade sem opressão nem exploração.

Abaixo a República Islâmica do Irão! Viva o direito das nações oprimidas à autodeterminação! Viva a revolução! Viva o comunismo!

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