O seguinte texto é baseado num relato de um correspondente da Página Vermelha e em 2 artigos das edições online do jornal Revolution/Revolución, voz do Partido Comunista Revolucionário, EUA (publicados em inglês a 9 de março de 2020 em revcom.us/a/638/los-angeles-international-womens-day-2020-en.html e revcom.us/a/638/international-womens-day-2020-en.html e em castelhano a 10 e 13 de março de 2020 em revcom.us/a/637/los-angeles-dia-internacional-de-la-mujer-2020-es.html e revcom.us/a/638/dia-internacional-de-la-mujer-2020-es.html).
Dia Internacional da Mulher 2020 celebrado em todo o mundo
De Lisboa a Los Angeles, da Cidade do México a Kuala Lumpur, de Santiago a Madrid, centenas de milhares de mulheres em cidades em todo o mundo concentraram-se e manifestaram-se a 8 de março, Dia Internacional da Mulher, exigindo igualdade e o fim da degradação, da brutalidade e do feminicídio (os assassinatos de mulheres devido ao seu género). Mostramos aqui alguns curtos relatos e imagens das muitas ações do Dia Internacional da Mulher em todo o mundo.
Portugal
De um correspondente da Página Vermelha em Lisboa:
O Dia Internacional da Mulher foi assinalado em Lisboa por duas manifestações. Uma mais oficial, convocada pelo MDM, com a presença da central sindical CGTP e de figuras de grandes partidos. A outra, a greve feminista nacional, foi convocada pela Rede 8 de Março e também se realizou noutras cidades portuguesas. Esta rede reúne coletivos, associações, organizações políticas, sindicatos e pessoas a nível individual. A manifestação teve início no Largo Camões como forma de protesto e revolta contra situações precárias e de violência contra as mulheres. O ambiente foi muito militante e combativo, e apesar de bastante dentro dos limites reformistas, com mensagens bastante mais alternativas e radicais que as que se viram no evento “oficial”. A manifestação contou com a presença de muitas e muitos jovens, incluindo muitos estrangeiros. (Foto: Nuno Fox/Lusa)
Pode este sistema eliminar a opressão das mulheres, ou existir sem ela? — Uma questão fundamental, uma abordagem científica
Um artigo da coletânea
Break ALL the Chains!
[Romper TODOS os Grilhões!]
Ler o artigo: inglês / castelhano.
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Para encomendar cópias em papel:
The Bob Avakian Institute
A supremacia masculina: entrelaçada no capitalismo — por Bob Avakian, um excerto (em inglês)
Ler aqui o texto em castelhano
Estados Unidos
Da Digressão “Revolução”, Los Angeles:
A Digressão Nacional “Revolução” liderou uma manifestação desafiadora pelas ruas de Los Angeles para marcar o Dia Internacional da Mulher. O grupo multinacional de 70 pessoas incluía estudantes de 5 ou 6 universidades e de 2 escolas secundárias, habitantes da vizinhança e o coletivo La Colectiva del Área de la Bahía. O que sobressaiu foi a atitude desafiadora contra as instituições obsoletas e todas as ideias putrefactas deste sistema. Esse desafio que se pôde ver nas paragens feitas ao longo do caminho — um desafio constituído por partes iguais de fúria, alegria e determinação, (...) um desafio que se pôde ouvir nos tambores e nos cânticos e que se pôde ver em frente ao consulado mexicano nas mulheres que dançaram ao som da sua fúria. A agitação feita ao longo da manifestação deu vida ao caminho desenvolvido por Bob Avakian sobre a libertação das mulheres como pedra-de-toque da revolução comunista, como parte de romper TODOS os grilhões da tradição e emancipar TODA a humanidade, e depois num poderoso excerto de 15 minutos do vídeo Revolução — E Nada Menos! que foi exibido numa receção que decorreu após a manifestação num restaurante amigo da causa. Foram lidas mensagens de revolucionários da Colômbia, do Irão e do México; os comunistas iranianos organizaram a representação de uma comédia em solidariedade com as mulheres que no Irão têm retirado o véu; dois grupos — Sin Color [Sem Cor] e Year of the Crow [Ano do Corvo] — tocaram músicas poderosas para abrir e fechar o evento no restaurante e as pessoas ficaram a falar pela noite dentro.
Chile
Na capital chilena, Santiago, 150 mil pessoas tomaram as ruas. A polícia tentou, sem sucesso, dispersar os manifestantes com gás lacrimogéneo. Outras 35 mil pessoas manifestaram-se noutros locais do Chile. No exterior do Palácio Presidencial em Santiago, as mulheres representaram o hino “Um estuprador no teu caminho”, uma performance iniciada no Chile em novembro de 2019 e que se espalhou por todo o mundo.
Peru
As mulheres no Peru representaram “El violador eres tú” [uma versão de “Um estuprador no teu caminho”] como parte da luta internacional contra a opressão das mulheres. (Foto: AP)
México
Trinta mil pessoas concentraram-se no Monumento à Revolução na Cidade do México, para se manifestarem até ao zócalo (a praça principal). Antes da manifestação, artistas de graffiti pintaram no zócalo os nomes próprios das mulheres assassinadas no México desde 2016. (Foto: AP)
França
Durante a manifestação do Dia Internacional da Mulher em Paris, as mulheres ergueram cartazes com os nomes das mulheres assassinadas pelos maridos. (Foto: AP)
Iraque
As mulheres protestaram em Bagdad. Uma jovem que participava no protesto disse: “Queria enviar às mulheres de todo o mundo, no Dia Internacional da Mulher, uma mensagem de que somos poder, representamos metade da sociedade e somos uma parte fundamental da sociedade. Não somos menos importantes que os homens.” (citada no jornal britânico The Guardian).
Fronteira entre a Grécia e a Turquia
Mulheres requerentes de asilo protestaram para exigir que a Grécia abra as portas e permita a entrada delas e dos outros refugiados. Milhares de sírios forçados a fugir das suas terras devido a uma guerra reacionária têm sido deixados ao abandono em condições horríveis, porque a União Europeia lhes fechou as portas.
Quirguistão
Dezenas de mulheres que se manifestavam em Bishkek foram presas pela polícia depois de terem sido atacadas por homens mascarados que lhes rasgaram os cartazes. (Foto: AP)
Paquistão
As mulheres que participaram numa manifestação para marcar o Dia Internacional da Mulher em Islamabad, capital do Paquistão, foram atacadas por grupos islâmicos de linha dura que participavam num contraprotesto e que atiraram pedras, bocados de lama e até os seus sapatos às manifestantes do Dia da Mulher. Alguns advogados conservadores tinham recorrido aos tribunais para tentarem impedir as manifestações em 3 cidades. E um líder da oposição avisou as mulheres para não gritarem “o meu corpo, a minha escolha”, dizendo que iriam sair às ruas e “destruí-las”. Na foto, manifestação em Lahore, Paquistão. (Foto: AP)