Brasil, Maio de 2014: Pela revolução, e nada menos que isso!

Por Susannah York
Quase não passa um dia em que não ouvimos os políticos e a comunicação social a fazer ataques racistas contra os imigrantes e a culpá-los pelo desemprego, de abusarem de benefícios e do sistema de segurança social, que são um fardo para os contribuintes ou geradores de crime.
A situação que rodeia a recente proibição em França de um espectáculo do comediante Dieudonné M'Bala M'Bala é complexa e horrenda em todos os sentidos.
A “morte legal” de um homem desarmado e a impossibilidade de reformar um sistema
Numa clara acusação do regime de Mahinda Rajapaksa no Sri Lanka, gravações vídeo divulgadas pela televisão britânica Channel 4 News mostraram os militares a disparar na cabeça à queima-roupa sobre pessoas desarmadas, com muitos corpos de homens e mulheres espalhados pelo chão.
Por A. C.
A Propósito de Llewyn Davis é um daqueles filmes do qual se sai a pensar, OK foi engraçado mas não havia muito nele, ou havia? Começamos a falar sobre ele com os nossos amigos e a conversa dirige-se logo para outro lado. Depois, acordamos na manhã seguinte e estamos a pensar nele... Ele entra furtivamente em nós.
Habibullah Golparipour, um jovem activista curdo que estava na prisão há três anos, foi executado a 23 de Outubro em Orumieh, no noroeste do Irão. Acusado de actividades anti-regime e de ligações a grupos anti-regime, estava na prisão desde Outubro de 2009, na sequência da insurreição que explodiu após as eleições presidenciais.
Terno e brutal, Omar é uma história de amor no contexto de uma cruel ocupação israelita. O afecto de umas pessoas pelas outras leva o filme através de trajectórias tensas, de partir o coração, mostrando, com cada desenvolvimento na vida pessoal de Omar, a opressão pela situação política global e as escolhas consentidas às pessoas que vivem nela.
Este 2 de Outubro viu evocações do massacre das pessoas que se manifestavam contra o governo nas vésperas dos Jogos Olímpicos do México em 1968. Este ano, professores em greve furiosos com as tentativas do governo para debilitar o ensino e desmantelar o seu sindicato saíram às ruas em massa nessa manhã, e à tarde houve grandes confrontos entre estudantes e jovens e a polícia.
A 3 de Outubro, um barco no Mar Mediterrâneo a curta distância da ilha italiana de Lampedusa transportando mais de 500 imigrantes refugiados foi deixado a afundar. Tanto quanto se sabe, só 155 pessoas sobreviveram. A maioria dos passageiros era da Eritreia e da Somália.
A 14 de Setembro, o SOG do Odisha levou a cabo uma operação, em conjunto com a Força Voluntária Distrital e a polícia, nas florestas de Silakota, e massacrou brutalmente 14 maoistas, entre os quais uma camarada mulher. O CC do PCI (Maoista) está a convocar o povo do país para fazer uma bharat bandh a 5 de Outubro em protesto contra esta brutalidade perpetrada pelo governo.
Há um crescente perigo de um ataque militar directo dos EUA à Síria – que está a ser apresentado como “ataque cirúrgico” – usando aviões e/ou mísseis de cruzeiro. O Secretário norte-americano da “Defesa” Hagel anunciou que as forças armadas norte-americanas estão “prontas a ir” se forem mandadas atacar a Síria.
Como uma bem-vinda lufada de ar fresco, os brasileiros saíram à rua em grande número durante o mês de junho, de uma forma que não se via há vinte anos.
Por Samuel Albert
As forças armadas egípcias estão a massacrar o povo a uma escala massiva, e com o apoio dos EUA. Este é o momento não só para nos opormos a este terrorismo, mas também para denunciar a mão norte-americana por trás dele.
Um comunicado que está sendo distribuído no Brasil por um grupo de apoiantes da Nova Síntese do Comunismo.
A intervenção militar não é “a revolução 2.0”, nem a “terceira vaga da revolução egípcia”, nem sequer um “reinício” ou um “regresso a zero”, como muitas pessoas dizem. É uma tentativa de resolver pela força disputas no seio das classes dominantes e transformar um povo rebelde em nada mais que grupos de pressão de um bando de reaccionários contra outro.
Os esforços do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdoğan para esmagar a resistência têm-se prolongado com rusgas policiais de madrugada às casas de 20 pessoas acusadas de “terrorismo” por terem participado em manifestações em Ancara. Essas prisões ocorreram no meio da fúria nessa cidade contra a libertação de um polícia que tinha disparado e matado à queima-roupa um jovem manifestante.
Uma insurreição social a uma escala não vista nas últimas décadas rebentou como um trovão de Primavera na Turquia, rejeitando as coisas tal como elas são hoje e opondo-se à direcção em que elas estão a seguir.
“Começou por ser sobre um parque, mas agora é sobre tudo”, escreveu alguém no Twitter a meio da noite enquanto os manifestantes combatiam a polícia na Praça Taksim em Istambul.
Para atrair a atenção para uma situação dramática, o Secretário-Geral Adjunto da ONU assinalou recentemente que dos 7 mil milhões de habitantes do planeta, 6 mil milhões têm telemóveis, enquanto só 4,5 mil milhões têm acesso a casas de banho ou latrinas.