Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 18 de Maio de 2015, aworldtowinns.co.uk

Estado indiano prende K. Murali (Ajith)

O dirigente maoista K. Muralidharan (Ajith) e o assistente dele, Ismail Hamaza Chiragpalli, detidos pela unidade de Pune da ATS do Maharashtra, foram apresentados num tribunal especial a 9 de Maio
O dirigente maoista K. Muralidharan (Ajith) e o assistente dele, Ismail Hamaza Chiragpalli, detidos pela unidade de Pune da ATS do Maharashtra, foram apresentados num tribunal especial a 9 de Maio de 2015 (Foto: Pavan Khengre/Indian Express)

O estado indiano prendeu o intelectual e escritor K. Murali, também conhecido como Ajith. Segundo as notícias dos jornais, ele foi preso a 8 de Maio pela Brigada Antiterrorismo [do estado indiano] de Maharashtra [ATS, Anti-Terrorism Squad], juntamente com o assistente dele, C. P. Ismael, num hospital perto de Pune, no sul da Índia. Embora ainda não tenham sido feitas acusações formais, as autoridades acusaram-no inicialmente de usar uma identificação falsa e de ser membro de uma organização ilegal, ao abrigo da infame Lei de Prevenção de Actividades Ilícitas que proíbe um vasto conjunto de actividades políticas.

A comunicação social indiana refere-se a Murali como líder sénior do Partido Comunista da Índia (Maoista). Quando foi apresentado em tribunal a 9 de Maio, o jornal Indian Express disse que ele declarou à comunicação social: “Sou membro do PCI(M). Eu não deveria ter sido detido desta forma. A minha detenção é ilegal.”

Depois de terem estado detidos durante uma semana, os dois homens foram apresentados perante um juiz pela segunda vez a 16 de Maio, numa audição para decidir se deveriam ser libertados ou não. Não foi autorizada a presença da comunicação social na sala do tribunal e o próprio juiz não foi autorizado a ler o relatório da polícia. Segundo o Express, “Quando o juiz perguntou a Ajith se ele tinha alguma reclamação a fazer contra a polícia, o acusado respondeu que, apesar dos oito dias de detenção, a ATS ainda não o tinha informado sobre as acusações que pediam contra ele”. Apesar disso, o juiz voltou a colocar os dois sob custódia policial por mais uma semana.

Murali, de 62 anos, foi recentemente submetido a uma cirurgia ao coração e, quando foi preso, tinha voltado aos cuidados médicos. Uma assustadora fotografia mostra-o algemado com um capuz a cobrir-lhe completamente a cabeça. Os jornais indianos dizem que o governo irá mantê-lo, a ele e a Ismael, em isolamento numa localização desconhecida para que uma equipa especial de investigação ajude a interrogá-los. Estas notícias, juntamente com os factos conhecidos sobre os maus-tratos infligidos a outros suspeitos membros e líderes do PCI(M), e os repetidos casos de tortura e mesmo de assassinato sob custódia, criaram uma generalizada preocupação com a saúde e segurança de Murali. Nos primeiros dias a seguir ao anúncio da prisão dele, dezenas de pessoas de inclinação progressista da Índia e outros países condenaram a prisão dele.

Um dos comunicados foi assinado por 28 activistas e intelectuais e exigia que “a ATS deveria revelar imediatamente o estado de saúde dele e proporcionar-lhe a ajuda médica necessária. Também exigimos que Ajith e o amigo dele sejam autorizados a ter acesso a um aconselhamento legal da escolha deles, tal como definido pela Constituição.”

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